ONU: 14 mil bebês correm o risco de morrer em Gaza nas próximas 48 horas

Catorze mil bebês correm o risco de morrer de fome nas próximas 48 horas na Faixa de Gaza se a população local não receber ajuda internacional, disse o subsecretário-geral para Assuntos Humanitário da ONU, Tom Fletcher.

"É assustador. É absolutamente assustador", declarou Fletcher, em uma entrevista à BBC.

A entrada de ajuda humanitária no território palestino foi bloqueada por Israel no começo de março.

Ontem, cinco caminhões com alimentos, inclusive comida para bebês, tiveram a primeira permissão desde então para cruzar a fronteira.

Segundo Fletcher, porém, os veículos estão estacionados do lado palestino, e os mantimentos ainda não puderam ser distribuídos.

Hoje, a ONU recebeu a permissão para a entrada de mais cerca de 100 caminhões. Antes do início da ofensiva israelense que seguiu aos ataques do Hamas de outubro de 2023, cerca de 500 caminhões entravam por dia no território.

Reino Unido, França e Canadá ameaçaram tomar "medidas concretas" contra Israel. "Se Israel não cessar a nova ofensiva militar e não suspender as restrições à ajuda humanitária, tomaremos outras medidas concretas em resposta", afirmaram em nota conjunta divulgada ontem.

Europa suspende sanções à Síria

A União Europeia (UE) decidiu hoje suspender todas as sanções econômicas contra a Síria para ajudar na recuperação do país.

Continua após a publicidade

O acordo deve ser formalizado e anunciado nas próximas horas, segundo fontes diplomáticas citadas pela agência de notícias France Presse.

O acordo deve pôr fim às sanções que isolavam os bancos sírios do sistema global e congelavam ativos do seu banco central.

Na semana passada, Trump já havia anunciado o fim de todas as sanções americanas ao país e se reuniu, na Arábia Saudita, com o presidente sírio, Ahmed al-Sharaa.

OMS aprova acordo sobre pandemias

Os países integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovaram hoje o acordo internacional sobre a prevenção e cooperação contra pandemias, depois de mais de três anos de negociações.

O tratado prevê a instauração de uma coordenação global com o objetivo de prevenir, detectar e responder rapidamente a uma futura pandemia.

Continua após a publicidade

A resolução também institui um mecanismo para facilitar o acesso de países mais pobres a vacinas e medicamentos.

As empresas farmacêuticas que aderirem ao mecanismo precisam fornecer à OMS "acesso rápido a um objetivo de 20% de sua produção em tempo real de vacinas, tratamentos e produtos de diagnóstico seguros", dos quais um "mínimo de 10%" será doado e o restante oferecido "a um preço acessível".

"Este acordo é uma vitória para a saúde pública, a ciência e a ação multilateral", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Duas versões sobre conversa entre Trump e Putin

Donald Trump e Vladimir Putin apresentaram versões diferentes da conversa reservada que os dois líderes tiveram ontem.

O presidente americano foi às redes sociais para dizer que "Rússia e Ucrânia iniciarão imediatamente negociações em direção a um cessar-fogo e, mais importante, ao fim da guerra".

Continua após a publicidade

Putin, por sua vez, afirmou que havia apenas concordado com Trump "que a Rússia proporá e está pronta para trabalhar com o lado ucraniano em um memorando sobre um possível futuro acordo de paz por um determinado período de tempo."

Putin voltou a dizer que quer resolver "as raízes da crise", expressão que, segundo analistas, indica que ele não está disposto a abrir mão de suas ambições territoriais.

Após a conversa com Putin, Trump falou com Zelensky. O líder ucraniano afirmou que este é um "momento decisivo", mas pediu "sanções mais rigorosas", caso a Rússia não aceite um "cessar-fogo total e incondicional".

US$ 10 milhões de recompensa por informação sobre o Hezbollah

O governo americano está oferecendo uma recompensa de até US$ 10 milhões por "informações que levem à interrupção dos mecanismos financeiros" do grupo xiita libanês Hezbollah.

A oferta inclui informações sobre as operações do grupo na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina - uma região com grande concentração de imigrantes de origem árabe.

Continua após a publicidade

Segundo o colunista do UOL Jamil Chade, o foco americano é o financiamento de grupos ligados ao Irã que, nos últimos meses, passaram a ser alvo de medidas da Casa Branca num esforço para asfixiar o regime de Teerã.

Integrantes do governo brasileiro temem que a iniciativa faça parte do início de uma ofensiva de Trump na região e que possa ser usada para justificar a imposição de sanções ao país.

O grupo Hezbollah surgiu em 1985 e foi formado a partir de milícias xiitas criadas para enfrentar a invasão israelense do sul do Líbano.

Desde então, o grupo xiita e Israel se enfrentaram várias vezes. No ano passado, Israel conseguiu assassinar vários integrantes da cúpula do grupo, incluindo Hassan Nasrallah, que era o líder máximo do Hezbollah desde 1992.

Espanha manda Airbnb suspender 65 mil anúncios

O governo espanhol mandou o Airbnb retirar mais de 65 mil anúncios de sua plataforma no país.

Continua após a publicidade

Segundo o Ministério dos Direitos do Consumidor, esses anúncios não respeitam as regras legais. A medida vem na esteira de uma campanha de autoridades regionais e municipais contra serviços de aluguel por temporada online, como o Airbnb e o Booking.

Os provedores são acusados de contribuir para a crise de habitação e para o aumento do valor dos aluguéis, ao reduzir a oferta de imóveis disponíveis para os moradores locais.

"Chega de desculpas. Chega de proteger aqueles que fazem do direito à moradia um negócio em nosso país", disse o ministro Pablo Bustinduy.

Um porta-voz do Airbnb disse que a empresa vai recorrer da decisão e que não acredita que o ministério tenha o poder de decidir sobre aluguéis de curto prazo.

Outros países europeus, como a Croácia e Itália, também estão tomando medidas para conter os aluguéis por temporada.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.