Israel e Irã realizam ataques mútuos no quarto dia de confronto

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O confronto entre Israel e Irã entrou hoje no seu quarto dia (quinto, pelo horário de Brasília) sem perspectiva de cessar-fogo e como novos ataques mútuos que deixaram oito mortos em Israel e cinco em Teerã, segundo relatos da imprensa local.
Israel afirmou hoje que obteve "controle aéreo completo sobre Teerã", após ter destruído um terço das baterias antiaéreas fixas iranianas.
O Irã, porém, conta ainda com lançadores de mísseis antiaéreos móveis.
Ontem, Israel também assassinou o chefe e o subchefe do serviço de inteligência da Guarda Revolucionária do Irã.
O total de mortos desde os primeiros ataques de Israel na madrugada de sexta (noite de quinta no Brasil) chega a mais de 220 no Irã e supera 20 em Israel.
Ontem, Benjamin Netanyahu alegou ter atacado o Irã para prevenir um "holocausto nuclear" - embora o único país que possua bombas nucleares no Oriente Médio seja Israel, que também rejeita o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual o Irã é signatário.
EUA: Israel planejou assassinato de aiatolá Khamenei
Israel voltou atrás, a pedido dos EUA, na execução de um plano para assassinar o aiatolá Ali Khamenei, segundo relato de autoridades americanas que pediram para permanecer anônimas.
"Descobrimos que os israelenses tinham planos para atingir o líder supremo do Irã.
O presidente Trump foi contra, e dissemos aos israelenses para não seguirem adiante", disse à agência de notícias France Presse um alto funcionário do governo americano. A mesma informação foi transmitida à agência de notícias Reuters e a veículos de imprensa americanos.
Questionado durante uma entrevista ao canal de TV Fox, Benjamin Netanyahu não negou diretamente a informação. "Há tantos relatos falsos de conversas que nunca aconteceram, e eu não vou entrar nisso", disse.
"Mas eu posso dizer que eu acho que faremos o que precisamos fazer. E acho que os Estados Unidos sabem o que é bom para os Estados Unidos."
Acusado de matar deputada americana é preso
Vance Boelter, acusado pelo assassino da deputada estadual democrata Melissa Hortamn e de seu marido no sábado, em Minnesota, foi preso ontem à noite em uma área de floresta nas cercanias de Minneapolis.
Ele foi encontrado com o uso de drones por uma equipe da Swat. Boelter também é suspeito de ter baleado gravemente o senador estadual John Hoffman, também democrata, e sua esposa.
A polícia trata o ataque como politicamente motivado. Os EUA passam por um período de tensão política sem precedentes nas últimas décadas.
Na semana passada, Trump enviou tropas da Guarda Nacional e da elite das Forças Armadas para enfrentar manifestações populares na Califórnia, apesar da oposição do governador Gavin Newsom. Foi a primeira vez que isso ocorreu desde a década de 1960.
No sábado, milhões de americanos saíram às ruas para protestar contra o que veem como autoritarismo do governo Trump.
A manifestação, chamada de No Kings (Sem reis), foi a maior mobilização popular no país desde os protestos do Black Lives Matter, após a morte de George Floyd, em 2020.
Lula chega ao Canadá para reunião do G7
O presidente Lula participa hoje e amanhã como convidado da reunião do G7, grupo que reúne alguns dos países mais ricos do mundo, em Kananaskis, na província de Alberta, no Canadá.
O encontro ocorre um momento de tensão entre os EUA e os demais integrantes do grupo (Reino Unido, França, Alemanha, Japão, Canadá e Itália) por causa da guerra comercial iniciada por Trump e de sua postura vista como simpática a Putin na guerra da Ucrânia.
O confronto entre Israel e Irã também deve estar no topo da agenda, assim como a ofensiva de Israel contra os palestinos da Faixa de Gaza. De acordo com o Itamaraty, os temas principais da reunião com Lula serão a segurança energética e o meio ambiente.
EUA estudam restringir entrada de cidadãos de mais 36 países
O governo Trump considera expandir as restrições de entrada nos EUA para mais 36 países, além dos 12 já anunciados.
A informação está em um memorando interno do Departamento de Estado dos EUA, assinado pelo secretário Marco Rubio.
O documento foi obtido pelo jornal Washington Post e pela agência de notícias Reuters.
"O Departamento identificou 36 países de preocupação que podem ser recomendadas suspensão total ou parcial de entrada, caso não cumpram os critérios e requisitos estabelecidos dentro de 60 dias", diz o documento enviado a diplomatas no fim de semana.
Entre os critérios estão "um governo cooperativo" com os EUA.
Quase todos os 36 países da lista são africanos. Angola, Cabo Verde, Egito, Nigéria, Senegal e Síria estão entre eles. O Brasil não faz parte da relação.
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