Professor: Irã é 1º a piscar em guerra com Israel ao buscar cessar-fogo
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O governo do Irã, comandado pelo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, foi o primeiro a "piscar" em conflito armado contra Israel ao buscar ajuda para um possível acordo de cessar-fogo, avaliou o professor de relações internacionais Gunther Rudzit no UOL News, do Canal UOL.
O problema para o Irã é que, pelas notícias de ontem, o governo iraniano entrou em contato com o monarquismo do Golfo e pediu para negociar com Trump e Israel [a interrupção dos ataques]. Portanto, parece que o governo iraniano foi o primeiro a piscar e está tentando achar uma saída para isso. Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM
Israel iniciou uma série de ataques contra o Teerã, capital do Irã, na última sexta-feira (13). A ação foi classificada por autoridades israelenses como "ataque preventivo" em uma "ameaça iminente". O bombardeio atingiu usinas nucleares e instalações de mísseis e matou dois líderes militares do Irã. O país respondeu com o envio de mais de cem drones. Pelo menos 224 pessoas no Irã, e 14 em Israel, morreram nos três dias de confrontos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em um vídeo publicado nas redes sociais que o objetivo dos recentes ataques ao Irã é "frustrar a ameaça nuclear e de mísseis balísticos do regime islâmico contra nós". Ele frisou ainda que a luta de Israel não é contra o povo iraniano, mas contra o regime do país.
Ontem, Teerã pediu a Catar, Arábia Saudita e Omã que pressionem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a usar sua influência sobre Israel para concordar com um cessar-fogo imediato com o Irã em troca da flexibilidade de Teerã nas negociações nucleares, disseram duas fontes iranianas e três fontes regionais à agência de notícias Reuters. Até o momento, não há informações se esse canal de diálogo foi aberto.
Ao Canal UOL, o professor analisou ainda os próximos dias de conflito e as respectivas estratégias militares. Ele acredita que o Irã, por exemplo, tem mais 20 dias para de mísseis para sustentar os ataques contra Israel.
Israel vai continuar atacando até achar que tenha destruído o suficiente desse programa nuclear [iraniano]. A empresa aérea israelense já cancelou todos os voos de e para Israel até o dia 23 de junho, no mínimo. Portanto, é o mínimo que se espera que essas operações aéreas vão continuar acontecendo.
Do lado iraniano, [a estratégia] é disparar entre 100 e 200 mísseis por vez para tentar causar o maior estrago possível, para causar uma disruptura econômica e social em Israel e, com isso, forçar o governo de Benjamin Netanyahu a recuar.
O problema para o Irã é que o país tinha, até o início dessa nova fase do conflito, em torno de 2 mil mísseis. Lançando entre 100 e 200 por dia, vai ter entre 10 e 20 dias de mísseis para continuar lançando. Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM
Professor: Jordânia sabe que Israel sobrevoa seu território para atacar o Irã
Ainda durante o UOL News, o especialista afirmou que a Jordânia sabe que as forças israelenses estão sobrevoando o seu território.
Os aviões israelenses estão voando de 1.500 a 1.800 quilômetros para chegar até os seus alvos dentro do Irã. É só olhar o mapa e dá para perceber que eles têm que voar por cima da Jordânia, ou Iraque, ou Arábia Saudita.
De qualquer jeito, a Jordânia sabe quando esses aviões estão passando. Estão passando em torno de 200 a cada um desses ataques. Então, não dá para não ver.
Consequentemente, significa que esses governos sabem que esses aviões estão indo atacar o Irã. Já sabiam na madrugada de sexta-feira e não disseram nada. Estão permitindo isso acontecer. Por quê? Porque eles também não querem que o Irã tenha uma arma atômica. Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM
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