Trump está cada vez mais inclinado a atacar o Irã, diz imprensa dos EUA

O presidente norte-americano, Donald Trump, está considerando cada vez mais atacar o Irã em meio ao conflito do país com Israel. A informação está sendo divulgada pela imprensa norte-americana, como o site Axios, CNN Internacional e NBC News.

O que aconteceu

As fontes disseram ao Axios que o republicano pretenderia lançar um ataque americano contra instalações nucleares no Irã. Um dos alvos seria a instalação subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow. A Casa Branca não confirmou a intenção até o momento.

Republicano também estaria desanimando com uma solução diplomática para o conflito. Este relato foi de duas autoridades cientes das discussões em andamento à CNN Internacional, que acrescentaram ainda que Trump ainda aceitaria uma solução diplomática desde que o Irã fizesse renunciasse de pontos consideráveis.

NBC News disse que Trump considera uma série de opções para lidar com o episódio, incluindo atacar o Irã. As fontes entrevistadas pela emissora, que são funcionários atuais e antigos do governo, fizeram o relato após o presidente terminar o encontro com a sua equipe de segurança nacional na Casa Branca hoje.

Suposição ocorre no mesmo dia em que os EUA subiram o tom e Trump deu um ultimato ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. O republicano afirmou que não vão matá-lo "por enquanto", mas que a "paciência está se esgotando". Desde o início do conflito, na sexta-feira (13), os EUA tentava se distanciar dos ataques, apesar das frequentes ameaças ao Irã.

Trump disse, em sua rede social, que sabe exatamente onde está Khamenei e ameaçou, dizendo que ele é um alvo fácil. Na sequência, o presidente norte-americano acrescentou que o Líder Supremo iraniano está seguro lá e pediu: "rendição incondicional".

"Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto", assegurou Trump. Entretanto, o presidente alertou Khamenei sobre disparos contra civis e soldados norte-americanos. "Nossa paciência está se esgotando."

Antes das ameaças, Trump informou que o espaço aéreo do Irã já está sob total controle. Ontem, os EUA enviaram dois porta-aviões ao Oriente Médio, em um recado direto de que está com Israel no conflito.

Casa Branca fechou embaixada em Jerusalém até a próxima sexta-feira (20). Em comunicado, Washington disse que a medida é necessária devido à "situação de segurança" de seus funcionários.

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Em meio a entrada iminente dos EUA no conflito, o Irã prepara mísseis para possível retaliação contra Washington. A República Islâmica pretende atacar bases norte-americanas no Oriente Médio, caso os EUA entrem para valer no conflito ao lado de Israel, segundo o jornal New York Times.

Trump deseja 'um verdadeiro final' para o conflito

16.jun.2025 - Escombros em Tel Aviv após um novo bombardeio iraniano pela manhã
16.jun.2025 - Escombros em Tel Aviv após um novo bombardeio iraniano pela manhã Imagem: JOHN WESSELS / AFP

Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou a reunião do G7 um dia antes do previsto e voltou para os EUA devido ao conflito. "Vocês provavelmente estão vendo o que eu vejo, porque preciso voltar [a Washington] o quanto antes", afirmou Trump. "Eles querem fazer um acordo e, assim que eu sair daqui, faremos alguma coisa. Mas tenho que sair daqui."

O presidente francês, Emmanuel Macron, sugeriu que Washington estava disposto a fazer uma aproximação diplomática. Porém, em sua rede social, Trump afirmou que não teve nenhuma "conversa de paz" com o Irã. O republicano afirmou durante semanas que era favorável à diplomacia sobre a questão nuclear e seu representante, Steve Witkoff, se reuniu em cinco ocasiões com funcionários do governo iranianos.

Enquanto embarcava de volta aos EUA, Trump afirmou que deseja "um verdadeiro final" para o conflito. "Não estou buscando um cessar-fogo, estamos buscando algo melhor do que um cessar-fogo", disse Trump à imprensa a bordo do Air Force One. Ele enfatizou que deseja que o Irã "ceda completamente" e que busca um "fim real, não um cessar-fogo".

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(Com AFP, DW, ONU News e Reuters)

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