Viagem de autoridades a Israel não é exclusividade do Brasil, diz cônsul

O cônsul de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, afirmou que a ida de prefeitos para Tel Aviv às custas do país faz parte de uma iniciativa do ministério de Relações Exteriores.

O que aconteceu

A comitiva de prefeitos brasileiros, que foi repatriada hoje, estava em Israel para um evento. Eles participariam da Muni Expo, evento com exposição de tecnologias israelenses, que precisou ser interrompido após os bombardeios do Irã.

Transporte de políticos até Israel não foi exclusividade do Brasil. Segundo o cônsul, comitivas de todo o mundo estavam em Israel e foram surpreendidas pelos ataques. "Nós compartilhamos conhecimento por cursos de tecnologia, agrotecnologia e outros campos. Fazemos isso com muitos outros países, não só com o Brasil", afirmou.

O objetivo era aumentar a cooperação com essas cidades, mostrar as tecnologias. Muitos países estão fazendo isso, não só Israel.
Rafael Erdreich, cônsul de Israel no Brasil

"Dizer que Israel está cometendo genocídio é antissemitismo". Erdereich afirmou que Israel "não é perfeito" e que críticas ao país são aceitas. O que não é aceitável, para ele, é questionar o direito de Israel ter o seu próprio estado. O cônsul também afirmou que as ações contra o Irã são movimentos para defender uma ameaça existencial feita pelo país.

Segurança reforçada

O diplomata recebeu o UOL dentro do consulado, que fica em um centro empresarial em um bairro de luxo de São Paulo. Todos os repórteres que estiveram no local passaram por um escrutínio de segurança mais severo do que o de aeroportos, com apresentação de documento e passagem por detector de metais.

Somente bloquinho e caneta - checados minuciosamente por uma equipe de segurança - eram permitidos na sala de conferência. Celulares, dispositivos eletrônicos e até crachás ficaram guardados em armários. Nada foi gravado e todos os pontos de destaque da conversa precisaram ser anotados.

A segurança do local sempre foi intensa, mas hoje é justificada pelos ataques desde o 7 de outubro. Segundo o cônsul e outros funcionários da diplomacia, seguranças foram agredidos em protesto recente no local.

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