Criança com leucemia foge da Ucrânia e morre em ataque do Irã, diz Israel
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Uma menina ucraniana de 7 anos morreu durante um ataque do Irã, segundo o presidente de Israel, Isaac Herzog. Ela fugiu da Ucrânia em meio à guerra contra a Rússia para seguir com o tratamento contra a leucemia no país do Oriente Médio.
O que aconteceu
Nastya Borik, primos e a avó dela morreram no ataque. "Ela veio em busca de vida. Ao invés disso, foi assassinada por um míssil iraniano assassino que atingiu um prédio residencial em Bat Yam", escreveu Isaac no X.
O pai da garota luta como soldado na Ucrânia. "Nos solidarizamos com o pai de Nastya e com todos que os amavam e os conheciam. O mundo deve condenar os crimes indefensáveis
Maria, mãe de Nastya, publicava no Instagram atualizações sobre a saúde da menina. Última publicação, feita no dia 27 de maio, rebatia comentários negativos sobre a filha dela. "Estamos em dívida com a clínica. Não conseguimos nem pagar o transplante inteiro, aquele ao qual Nastya sobreviveu milagrosamente", lamentava.
Seven-year-old Ukrainian girl, Nastia Borik, came to Israel from Odessa to receive life-saving treatment at one Israel's best hospitals.
-- ???? ????? Isaac Herzog (@Isaac_Herzog) June 18, 2025
She came seeking life.
Instead, she was murdered -- along with her mother Maria, her young cousins Konstantin and Ilya, and her grandmother? pic.twitter.com/CS5iK2JsZi
O governo ucraniano não se pronunciou sobre o caso. Porém, no sábado (14), o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia informou à imprensa local que cinco ucranianos, incluindo três crianças, morreram em um ataque na cidade de Bat Yam.
Entenda o conflito
Israel e Irã estão em conflito bélico desde sexta-feira. Israel bombardeou Teerã, capital do Irã, e anunciou ataques a dezenas de instalações de mísseis no oeste do país alegando que queria "prevenir um holocausto nuclear". Israel, porém, é o único país que possui bombas nucleares no Oriente Médio.
Desde sexta-feira, 585 mortes foram registradas no lado iraniano e 24 no lado israelense. No Irã, os números incluem os comandantes da Guarda Revolucionária e do Estado-Maior do Exército, além de nove cientistas do programa nuclear. Os dados são da ONG americana Human Rights Activists.
Estados Unidos mobilizaram caças e porta-aviões para o Oriente Médio. O envio do material bélico aconteceu no dia em que Donald Trump pediu a rendição incondicional de Khamenei e afirmou que sabia o paradeiro dele.
Hoje, o Irã voltou a atacar Israel com mísseis. A Guarda Revolucionária iraniana também pediu para os israelenses escolherem entre morte lenta em bunkers ou fuga do território.
Irã afirmou que esta é a 12ª onda de ataques contra Israel. A ação, segundo o Irã, inclui o uso de artefatos de longo alcance, mísseis balísticos superpesados e o míssil Sejjil —que tem dois estágios de disparos.
Israel disse hoje ter feito uma série de ataques na região de Teerã. Entre os mais de 20 alvos estão locais de desenvolvimento de armas nucleares e de produção de mísseis que pertenceriam ao regime iraniano. Foram usados mais de 60 caças da força aérea israelense nas ações, informou as FDI (Forças de Defesa de Israel).
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