Trump diz que vai decidir se ataca ou não o Irã nas próximas duas semanas
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que vai decidir nas próximas duas semanas se irá atacar ou não o Irã.
O que aconteceu
Declaração do presidente foi lida durante coletiva de imprensa na Casa Branca. "Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas", diz o texto lido por Karoline Leavitt, porta-voz do governo dos EUA.
Posicionamento de Trump foi divulgado após reunião com o gabinete de segurança. O presidente dos EUA receberá briefings de inteligência de seu Conselho de Segurança Nacional nos próximos dias, de acordo com uma programação divulgada pela Casa Branca.
O presidente afirmou que deve permitir que os esforços diplomáticos prosseguissem antes de tomar uma decisão final sobre a ação militar dos EUA. Trump, que normalmente passa os fins de semana longe da Casa Branca, partirá na sexta-feira para seu clube em Nova Jersey e participará de um evento de arrecadação de fundos. Mas retornará à Casa Branca no dia seguinte para receber seus briefings no sábado e domingo.
Possível acordo envolve a proibição de o Irã ter uma arma nuclear. Karoline Leavitt, porta-voz do governo, detalhou que qualquer acordo nuclear com o Irã teria que incluir a proibição do enriquecimento de urânio e impedir o Irã de obter uma arma nuclear. O Irã desistiu das negociações com autoridades americanas sobre um acordo nuclear depois que Israel iniciou seus ataques na semana passada.
Trump tem se reunido diariamente com autoridades de segurança na sala de situação da Casa Branca. O republicano deve viajar na próxima segunda-feira (23) para uma cúpula da OTAN na Holanda.
Irã atacou hospital de Israel
Mísseis iranianos atingiram hoje o principal hospital do sul de Israel e outros locais, incluindo a capital Tel Aviv. Ataque deixou ao menos 47 feridos em todo o país. A ofensiva acontece após o governo de Benjamin Netanyahu anunciar que atingiu instalações nucleares no país persa.
Irã diz ter mirado centro de inteligência israelense "perto de um hospital". "Nessa operação, o centro de comando e inteligência do governo israelense foi o alvo de um ataque preciso perto de um hospital", disse a Guarda Revolucionária iraniana à agência de notícias estatal Irna.
Durante a noite, Israel afirmou que atingiu um reator nuclear no Irã inativo. O país fez ataques mirando instalações nucleares nas cidades de Natanz e Arak. Em comunicado, o exército israelense detalhou que o reator nuclear de Arak era "componente chave na produção de plutônio", que poderia ser usado para construção de armas nucleares. O reator já havia sido modificado para evitar o uso em 2015, quando houve o acordo nuclear com os Estados Unidos.
Irã confirmou o ataque e disse que não há relatos de ameaça de radiação. Segundo o país, os dois projéteis atingiram uma área próxima à instalação nuclear, que já havia sido evacuada.
Entenda o conflito
Israel e Irã estão em conflito desde sexta-feira (13). Israel bombardeou Teerã, capital do Irã, e anunciou ataques a dezenas de instalações de mísseis no oeste do país alegando que queria "prevenir um holocausto nuclear". Israel, porém, é o único país que possui bombas nucleares no Oriente Médio.
Já são 585 mortes de iranianos e 24 israelenses. No Irã, os números incluem os comandantes da Guarda Revolucionária e do Estado-Maior do Exército, além de nove cientistas do programa nuclear. Os dados são da ONG americana Human Rights Activists.
Durante o ataque de ontem, o Irã afirmou ter usado um míssil novo. A informação, segundo a agência de notícias Fars, foi passada por um porta-voz do Ministério da Defesa.
Israel também fez novos ataques ao Irã. Segundo o exército, foram atingidas "dezenas de infraestruturas de armazenamento e lançamento de mísseis terra-terra", assim como lançadores de mísseis terra-ar e depósitos de drones no oeste do Irã.
Estados Unidos mobilizaram caças e porta-aviões para o Oriente Médio. O envio do material bélico aconteceu no dia em que Donald Trump pediu a rendição incondicional de Khamenei e afirmou que sabia o paradeiro dele.
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