Ronilso: Irã aparenta usar estratégia política de não perder tempo
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A tática usada pelo Irã em seus ataques a Israel demonstra que o país não quer perder tempo no conflito e espera resolvê-lo em um curto prazo, analisou o colunista Ronilso Pacheco na edição de hoje do UOL News.
Vemos claramente que o Irã aparenta uma estratégia política de não perder tempo. É uma frase que cabe mal em um contexto de guerra, mas é isso. São dois países orientados por uma ética internacional diferente. Israel já fez isso diversas vezes em Gaza, mas o país sempre colocou que hospitais, escolas e universidades estão escondendo terroristas e membros do Hamas e do Hezbollah ou escondendo armas.
Nesse aspecto, o Irã não tem muito a perder. Até pelo histórico de decisões do aiatolá Ali Khamenei e da Guarda Revolucionária nesses embates com o Ocidente, é difícil que o Irã gaste seu tempo fazendo ataques periféricos, buscando instalações militares de Israel. Há aí uma estratégia de desestabilização.
É um difícil um conflito começar já com um ataque direto à capital e ao coração do país. Eles sempre acontecem perifericamente e vão chegando gradativamente à capital. O Irã foi direto no coração de Israel para desestabilizar e dizer a que veio. Não tem os mesmos armamentos, tecnologias e aparato militar, mas faz ataques cirúrgicos. Ronilso Pacheco, colunista do UOL
Ronilso ressaltou que o conflito com o Irã amplia os questionamentos em torno do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, já desgastado pelos acontecimentos na Faixa de Gaza.
Existe também uma ideia de que esse nível de ataques e perdas causadas coloca o próprio governo de Israel um tanto contra a parede em relação à população. Nesse momento, Netanyahu tem um certo apoio da população, mas há uma negociação inacabada com o Hamas e a troca de reféns.
Há uma pergunta: a vida dos israelenses está mais em risco em meio a uma guerra ou a um longo processo de enriquecimento de urânio do Irã, que é cobrado não apenas por Israel, mas por uma comunidade internacional? É algo que deveria ser feito coletivamente, e não em uma atitude unilateral por Israel. Ronilso Pacheco, colunista do UOL
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