Embaixada do Brasil em Israel identificará brasileiros para repatriação

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A embaixada do Brasil em Tel Aviv informou ontem que iniciou o processo de identificação dos brasileiros que querem deixar o país devido a escalada do conflito entre Israel e Irã, que já dura mais de uma semana.
O que aconteceu
O órgão pediu que brasileiros interessados na repatriação preencham um formulário. Por meio dele, tenta-se identificar e ter a localização atualizada de brasileiros que estão em Israel. As respostas ao documento devem ser individualizadas, independente da idade.
Apesar disso, a embaixada diz que ainda não tem um plano oficial para eventual operação de retorno. O aeroporto Ben-Gurion e o espaço aéreo israelense permanecem fechados e sem previsão de reabertura. A exceção é para voos com permissão prévia concedida pela Autoridade de Aviação Civil de Israel e pelo centro de operações do aeroporto envolvido.
Brasileiros que optem deixar Israel por fronteiras terrestres deverão fazê-lo por meios próprios, diz comunicado. A embaixada informa que esses nacionais devem planejar seu deslocamento com antecedência e avaliar os riscos, seguindo as orientações de segurança e eventuais exigências de visto nos países que passarão.
Viagens para Israel estavam desaconselhadas desde outubro de 2023, quando o Hamas realizou um ataque orquestrado no país. Desde esse período, um Alerta Consular foi emitido para recomendar que voos não essenciais ao país fossem feitos.
A comitiva de 12 autoridades brasileiras que estava em Israel chegou ao Brasil na quarta-feira. Após uma negociação entre o Ministério das Relações Exteriores e a embaixada de Israel em Brasília, prefeitos, secretários e parlamentares foram de ônibus até a Cisjordânia e depois para Arábia Saudita, de onde voaram em uma aeronave particular.
Brasileiros em Israel relatam descaso do governo
Um grupo de religiosos, da Igreja Regeneração em Jesus, tenta sair do país. Em oito pessoas, eles chegaram no dia 6 de junho em Israel em uma peregrinação religiosa, que dizem realizar todos os anos. A passagem de retorno estava marcada para a quarta-feira, mas foi cancelada devido ao fechamento do espaço aéreo.
A pastora Vanessa Garcia Rodrigues de Souza contou ao UOL que estão a caminho do Egito. De forma independente, eles contrataram um ônibus que os levassem até a cidade Eilat, na fronteira egípcia - mas ainda não sabem se serão autorizados a entrar no país.
A ideia é conseguir um voo do Egito para o Brasil ou para Europa, segundo Vanessa. ''Então estamos a caminho porque não há outra possibilidade. Ben Gurion está fechado, sem resposta se teria e quando teria um repatriamento, só nos restam as fronteiras'', relatou.
''Sem assistência alguma do governo'', diz a pastora. De acordo com ela, o grupo procurou o Itamaraty e a embaixada brasileira desde o início da guerra. ''Até agora nada. Sozinhos e sem uma direção de autoridades'', acrescentou.
O UOL entrou em contato com o Itamaraty para sobre as competências da pasta nesses casos. Até o momento, não houve retorno, mas o espaço segue aberto para manifestação.
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