Trevisan: Israel encosta Irã na parede, que tem fragilidade militar exposta

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sabe que será muito difícil para o Irã aguentar os ataques de Israel por mais duas semanas, disse Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM, ao UOL News de hoje.

Os mísseis iranianos estão em número menor. Eles são mais atrasados e é muito difícil se dizer quanto tempo eles vão poder ainda dar resposta, mas não será muito longo. Esse quadro deixa mais ou menos Israel com uma situação autorizada a avançar na guerra. Não é à toa que Trump deu duas semanas. É o limite que se pode ver nessa situação.

A guerra vai se prolongar mais do que estava previsto, Israel não faz qualquer menção de aceitar aquilo que é o pedido básico do Irã para sentar na mesa de negociação, que é Israel parar de atacar, Israel não vai fazer isso.

Israel tem apoio total dos Estados Unidos, então quando nós olhamos para isso, a gente entende que Israel tem um estoque limitado para poder fazer esses ataques, que é a posição diferente e contrária por parte do Irã.
Leonardo Trevisan

O professor alertou ainda que Israel não está atacando apenas pelo ar, como no caso de hoje em que reivindica ter matado três comandantes do braço internacional da Guarda Revolucionária do Irã, e deixa assim o país vizinho contra a parede.

O comandante Saeed Izadi foi assassinado durante ataque israelense na província iraniana de Qom. Segundo o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ele liderava o Corpo Palestino da Força Quds, braço internacional da Guarda Revolucionário do Irã.

O Irã não está sendo atacado apenas pelo ar. Os comandos israelenses, a inteligência israelense, agem dentro de terras, que é o caso, por exemplo, dessa morte em um apartamento ou no carro em que o outro comandante da guarda revolucionária estava.

Então, o Irã está encostado na parede, e de algum modo Israel não tem motivo algum, numa ideia de força, para parar o seu serviço. Qual é o alvo maior? A destruição completa do programa nuclear iraniano. Isso é um outro assunto, e talvez esse seja o único triunfo que efetivamente o Irã tem do ponto de vista militar.
Leonardo Trevisan

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