Após ser atacado pelos EUA, Irã lança nova onda de mísseis contra Israel
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O Irã lançou mísseis em direção a Israel, informou o exército israelense hoje. Pelo menos 86 pessoas ficaram feridas, segundo a mídia israelense.
O que aconteceu
Sirenes de alerta foram ouvidas em Tel Aviv. Mísseis do Irã foram disparados em direção ao centro e ao norte de Israel, segundo as FDI (Forças de Defesa de Israel).
Novos ataques acontecem após o Irã ser alvo de bombardeio dos Estados Unidos. Na noite de ontem, o presidente Donald Trump anunciou que os EUA realizaram ataques contra instalações nucleares mantidas pelo governo de Teerã.
Impacto em Haifa, no norte, provavelmente foi causado por falha no interceptador de mísseis. Médicos seguiram para os locais atingidos por mísseis, e o serviço de emergência israelense Magen David Adom foi acionado para atender vítimas nas regiões impactadas pelos projéteis.
Pelo menos 86 pessoas ficaram feridas. Alguns edifícios no centro de Israel desabaram com o impacto dos mísseis, segundo o serviço de emergência israelense.
As agências internacionais de notícias, como a AFP, publicaram várias fotos de imóveis afetados. Casas ficaram destruídas na área de Ramat Aviv, em Tel Aviv.

ONU fará reunião urgente
Após pedido do Irã, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião emergencial. O encontro acontecerá hoje, às 16h (horário de Brasília), em Nova York.
O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, criticou a ofensiva militar americana. A manifestação foi feita em carta enviada ao órgão máximo da entidade e obtida pela coluna de Jamil Chade.
A República Islâmica do Irã condena e denuncia nos termos mais fortes possíveis esses atos de agressão não provocados e premeditados.
Sem dúvida, a agressão militar dos Estados Unidos contra a soberania e a integridade territorial constitui uma violação manifesta e flagrante do direito internacional e das normas internacionais peremptórias consagradas na Carta das Nações Unidas.
Embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani
Duas reuniões realizadas na semana passada, por conta da operação militar de Israel contra iranianos, revelaram um racha na comunidade internacional. Rússia e China denunciaram as violações cometidas contra a soberania iraniana, enquanto o governo dos EUA saiu em apoio aos atos de Benjamin Netanyahu.
Hezbollah diz que não participará da guerra
Um porta-voz do grupo disse à Newsweek que não tinha planos imediatos de retaliar contra Israel e EUA. A declaração do grupo militante libanês alinhado ao Irã foi dada pouco tempo depois que o presidente Donald Trump anunciou ataques americanos às instalações nucleares iranianas.
Hezbollah diz que Irã é ''forte e capaz de se defender''. ''A lógica dita que ele pode confrontar os Estados Unidos e Israel'', escreveu em mensagem ao veículo de notícias na noite de ontem.
Grupo se diz comprometido com o cessar-fogo assinado em novembro. O Hezbollah e Israel, no entanto, trocaram ofensivas mesmo após o acordo e se acusam mutuamente de violar a trégua. ''Apesar dos ataques realizados pelo inimigo israelense, o partido permaneceu comprometido com o acordo'', alegou.
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