Brasileira na Indonésia: como é a trilha perto de vulcão onde Juliana caiu
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A trilha onde a brasileira Juliana Marins se acidentou, à beira de um vulcão na Indonésia no último fim de semana, tem trajeto traiçoeiro e com clima difícil à noite, principalmente devido às fortes rajadas de vento. A avaliação é de Bruna Carneiro, jovem que realizou o mesmo caminho em junho do ano passado, durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL.
É uma trilha bem difícil, mas eu não diria que é extremamente técnica. Tendo ali um preparo físico e fazendo atividades físicas é uma trilha superpossível. Inclusive, centenas de pessoas fazem essa mesma trilha diariamente. Bruna Carneiro, que fez trilha na Indonésia em junho de 2024
Equipes suspenderam o terceiro dia da operação para resgatar a brasileira, que permanece presa em uma área remota após escorregar e cair em uma trilha no vulcão Rinjaji, na Indonésia. Além do mau tempo, anoiteceu no local, o que impede os trabalhos de resgate.
Os socorristas conseguiram descer 250 metros até ela, mas ainda estão longe de alcançá-la. Segundo a família de Juliana, eles estavam a 350 metros de distância da brasileira quando condições climáticas interromperam o resgate às 16h no horário local (5h no horário de Brasília).
A administração do parque afirmou que a equipe de resgate enfrentou "condições climáticas dinâmicas, com neblina espessa que reduziam a visibilidade e aumentava o risco". Uma equipe de suporte vai passar a madrugada no ponto em que o resgate parou.
Ao Canal UOL, Bruna contou a sua experiência de três dias ao subir o monte do vulcão Rinjaji, que está ativo e com erupção há nove anos.
Eu demorei três dias para chegar ao cume do vulcão. E, durante essa trilha, você passa por centenas e centenas de pessoas de vários países. É uma trilha muito famosa e muito buscada na Indonésia. É uma trilha considerada montanhismo porque, de fato, você vai passar por precipícios... tem partes em que você vai precisar dar uma escaladinha.
Eu fiz na mesma época do ano, em junho do ano passado. Durante o dia é um clima agradável, até sente calor, mas durante a noite a temperatura cai muito. Por isso a preocupação para o resgaste rápido [da Juliana]. Há muito frio e vento e tudo fica complicado, principalmente, se ela não estiver com gasalho.
De fato, há um risco, sim, mas eu acho que, como em qualquer trilha... eu vejo muita gente criticando a Juliana por ter feito a trilha, mas, gente, você pode sofrer um acidente atravessando a rua de sua casa. Infelizmente, isso pode acontecer. É uma fatalidade. Bruna Carneiro, que fez a mesma trilha em junho de 2024
Mariana Marins: 'Nos agarramos ao preparo físico de Juliana'
No UOL News, Mariana Marins, irmã de Juliana Marins, brasileira que caiu durante a trilha na Indonésia e aguarda pelo resgaste há mais de três dias, pediu agilidade às autoridades locais.
A Juliana sempre foi esportista, sempre foi ligada ao esporte. Desde criança, ela era nadadora. A gente já participou de uma meia maratona juntas. A parte física dela é muito boa. Então, essa parte física é algo que a gente inclusive está se agarrando, porque a Juliana tem o preparo físico muito bom. Mariana Marins, irmã da brasileira
Ao Canal UOL, Mariana relatou a angústia da família pelo resgate, que não consegue chegar até a irmã.
Ela vai passar mais uma noite sem comida porque a equipe simplesmente não consegue chegar até ela. Então está muito complicado. A gente segue aqui na expectativa e pedindo mais agilidade. Tudo que a Juliana precisa é de agilidade, velocidade.
Quanto mais tempo ela ficar lá, sozinha... quanto mais tempo demorarem para resgatá-la, mais difícil ficará a situação dela. Mariana Marins, irmã da brasileira
Mariana também falou sobre o apoio que tem recebido de autoridades brasileiros e cobrou pronunciamento do presidente Lula (PT).
Ontem, eu recebi uma ligação do Ministro das Relações Exteriores [embaixador Mauro Vieira]. Eles estão mais mobilizados em relação ao caso neste momento. Ontem, também houve, finalmente, uma nota do Itamaraty, depois de bastante tempo. O ministro tem sido bem solícito.
A gente viu que a [primeira-dama] Janja também postou sobre o caso da Juliana, mas também seguimos na expectativa por um pronunciamento do presidente Lula, porque é uma situação diplomática internacional para vermos se conseguimos agilizar esse resgate. Mariana Marins, irmã da brasileira
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