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Trump agradece ao Irã por ter avisado que atacaria: 'Ninguém ficou ferido'

Do UOL, em São Paulo

23/06/2025 17h18Atualizada em 23/06/2025 17h47

O presidente Donald Trump afirmou hoje que ninguém se feriu durante o ataque do Irã à maior base dos EUA no Oriente Médio, no Qatar.

O que aconteceu

Militares americanos interceptaram 13 dos 14 mísseis. Segundo Trump, apenas um míssil foi liberado porque estava direcionado em uma direção não ameaçadora.

Trump agradeceu ao Irã por avisar que atacaria a base americana de Al-Udeid. O republicano também anunciou que ninguém ficou ferido. "Quero agradecer ao Irã por nos avisar com antecedência, o que possibilitou que nenhuma vida fosse perdida e ninguém ficasse ferido", escreveu na rede social Truth Social.

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Presidente classificou o ataque como "fraco". "O Irã respondeu oficialmente à nossa destruição de suas instalações nucleares com uma resposta muito fraca, o que esperávamos e que combatemos com muita eficácia", afirmou Trump.

Donald Trump também declarou que Teerã deve buscar a paz após o ataque. "Eu encorajarei Israel com entusiasmo a fazer o mesmo", disse, sem dar mais detalhes da conversa com Tel Aviv.

Gostaria de agradecer ao altamente respeitado Emir do Catar por tudo o que fez em busca da paz na região. Em relação ao ataque de hoje à Base Americana no Catar, tenho o prazer de informar que, além de nenhum americano ter sido morto ou ferido, e o mais importante, também não houve nenhum catariano morto ou ferido.
Donald Trump

Base americana foi alvo de ataque com mísseis

Base americana de Al-Udeid, no Qatar, foi o alvo do ataque na noite de hoje (horário local). Irã lançou seis mísseis em direção às instalações dos EUA, segundo o site Axios. O governo do Qatar informou que não há feridos e nem mortos.

Inicialmente, relatos diziam que a base aérea de Ain al-Asad, no Iraque, também teria sido atingida. Mas um oficial militar dos EUA afirmou à Reuters que nenhum ataque do Irã foi registrado em qualquer base americana além de Al Udeid, no Qatar.

O sistema de defesa aérea foi ativado na base aérea americana no Iraque. A recomendação do governo é que soldados devem se abrigar em bunkers.

Irã anunciou que começou uma operação no Oriente Médio. Em comunicado divulgado nas redes sociais, a TV estatal iraniana informou o início da "Operação Anunciação da Vitória" contra as forças militares dos EUA, em resposta aos ataques anteriores a três usinas nucleares iranianas.

Ataque dos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, cumprimenta as tropas na base aérea de Al-Udeid, a sudoeste de Doha, em 15 de maio de 2025 Imagem: Brendan SMIALOWSKI / AFP

Irã já havia ameaçado os EUA hoje após ataque às instalações nucleares da República Islâmica. "O ato hostil (...) ampliará o alcance dos alvos legítimos das Forças Armadas da República Islâmica do Irã e abrirá o caminho para a expansão da guerra na região", declarou o porta-voz das Forças Armadas, Ebrahim Zolfaghari.

Anteontem, sete bombardeiros B-2 lançaram 14 bombas destruidoras de bunkers contra o Irã. "O presidente [Donald Trump] autorizou uma operação de precisão para neutralizar as ameaças aos nossos interesses nacionais representadas pelo programa nuclear iraniano", afirmou o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth.

Avaliações iniciais indicaram que três instalações nucleares do Irã sofreram danos e destruição extremamente graves. As informações são do chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine. Ele se recusou a especular se alguma capacidade nuclear iraniana ainda poderia estar intacta.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) exigiu hoje acesso às instalações nucleares iranianas. Segundo o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, o intuito é avaliar as reservas de urânio altamente enriquecido após os ataques dos EUA.

O conflito

Conflito entre Irã e Israel começou há dez dias Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13 de junho, expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos. O país persa diz que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário.

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações. Apesar disso, a agência declarou que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir "politicamente motivada" e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares. Apesar de Israel não aceitar que o Irã desenvolva armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950.

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