'Ecoaram nossa dor': pai de Juliana Marins agradece apoio de brasileiros

Após o enterro de Juliana Marins, o pai da jovem postou hoje um vídeo agradecendo o apoio dos brasileiros.

O que aconteceu

Manoel Marins publicou um vídeo após sepultamento da filha. "Conseguimos sepultar o corpo da Juliana, nossa filha amada", falou pelo storie do Instagram. O enterro de Juliana ocorreu ontem no cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ).

Queria agradecer a todos que nos ajudaram de alguma forma, a todo povo brasileiro, a todos que ecoaram nossa dor, nossos pedidos, nossas solicitações, assim que soubemos do acidente. E, depois, durante o resgate do corpo da Juliana para trazer ao Brasil. Muito obrigado a todos. Manoel Marins

Brasileira morreu depois de cair em um trilha na Indonésia. Informação sobre morte veio após o quarto dia de tentativa de resgate de Juliana. Socorristas chegaram até o corpo de Juliana e constataram a morte.

Corpo passou por duas autópsias

O corpo de Juliana passou por nova autópsia no Rio e o laudo deve sair em até sete dias. Exame durou pouco mais de duas horas e foi realizado por dois peritos legistas, acompanhados de um perito médico da Polícia Federal e de um assistente técnico representante da família.

Imagem de drone mostra publicitária brasileira Juliana Marins, que caiu em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia
Imagem de drone mostra publicitária brasileira Juliana Marins, que caiu em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia Imagem: Reprodução

Família alegou "dúvidas na certidão de óbito" emitida na Indonésia para pedir nova perícia. Eles dizem que não há clareza sobre o momento da morte da jovem, que só foi resgatada quatro dias após a queda.

Juliana sofreu "trauma torácico grave" após cair pela segunda vez na encosta do monte Rinjani, segundo legista indonésio. Membros superiores, inferiores e costas da brasileira foram áreas mais machucadas e ela teve órgãos internos respiratórios comprometidos por fraturas causadas pelo impacto da queda, na análise estrangeira, afirmou Ida Bagus Putu Alit. De acordo com o legista, além de hemorragia interna, brasileira tinha ferimentos na cabeça, fraturas na coluna vertebral, nas coxas e outras escoriações pelo corpo.

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Perícia da Indonésia descartou hipotermia como causa da morte. O legista alegou que a falta de sinais clássicos, como necrose nas extremidades do corpo, permite "afirmar com segurança" que a jovem não morreu devido ao frio. A temperatura era próxima de 0 ºC à noite. Juliana usava apenas calça e blusa, sem equipamentos próprios, o que levou muitas pessoas a questionarem se ela sobreviveria às condições climáticas.

Brasileira ficou quatro dias ferida até morrer, segundo autópsia. "De acordo com meus cálculos, a vítima morreu na quarta-feira, 25 de junho, entre 1h e 13h [14h do dia 24 e 2h do dia 25, no horário de Brasília]", disse Ida Bagus Putu Alit, do hospital Bali Mandar, à BBC News.

Juliana morreu entre 50 minutos e 12h50 antes do resgate. O corpo da brasileira foi recuperado depois de sete horas de trabalho de socorristas e voluntários. Ele começou a ser retirado por volta das 13h50 do dia 25 [2h do dia 25, no horário de Brasília], sendo içado em uma maca e levado para uma base do parque.

O corpo de Juliana inicialmente seria cremado, mas dependia de autorização judicial por conta das dúvidas em relação as causas da morte. A Justiça até autorizou a cremação, mas a família já tinha alterado para o sepultamento.

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