Polícia da Colômbia prende quinto suspeito de ataque a senador Miguel Uribe

A polícia da Colômbia capturou hoje o quinto suspeito de participar do ataque ao senador e pré-candidato presidencial Miguel Uribe.

O que aconteceu

Elder José Arteaga, conhecido como "El Costeño", é acusado de organizar o ataque contra Uribe. Segundo a polícia, Arteaga organizou o antes, o durante e o depois do atentado, incluindo a entrega da arma ao suspeito que atirou no senador.

Arteaga faz parte do grupo de autores intelectuais do atentado. O diretor da Polícia Nacional, general Carlos Fernando Triana, descreveu Arteaga como o líder do grupo criminoso que cometeu o ataque contra o senador.

Interpol havia emitido alerta vermelho contra Arteaga ontem. O alerta vermelho é um pedido global de localização e prisão provisória. Emitido a pedido de um país membro, o alerta tem o objetivo de localizar e deter temporariamente uma pessoa procurada, com base em um mandado de prisão ou decisão judicial, até que medidas legais como extradição possam ser tomadas.

Suspeito já possui ficha criminal. Arteaga enfrenta acusações de tentativa de homicídio agravado; fabricação, tráfico e posse de armas; conspiração para cometer um crime e uso de menores para atividades criminosas.

El Costeño lidera uma gangue criminosa em Bogotá, segundo a polícia, "dedicada a vários crimes". Ele é investigado por ligações com grupos armados mais poderosos.

Quadro de Uribe é estável, disse a esposa. Claudia Tarazona anunciou ontem que o senador está estável após passar por outra cirurgia na quinta-feira.

Outros suspeitos presos

Suspeito de ter atirado no senador, adolescente de 15 anos foi o primeiro preso. O Ministério Público da Colômbia acusou o menor por "homicídio na modalidade de tentativa" contra Uribe. O adolescente, que não teve a identidade revelada, também é acusado por "porte e fabricação de armas".

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Os policiais apreenderam com ele uma pistola Glock vinda do Arizona, nos EUA. Ele também ficou ferido durante a perseguição e recebeu atendimento médico em um centro de saúde de Bogotá antes de ser encaminhado ao sistema prisional.

Garoto se declarou inocente da acusação de tentativa de homicídio. Os investigadores acreditam que algum grupo criminoso ou político tenha orquestrado o ataque e usado o menor para efetuar os disparos.

Segundo suspeito se entregou ao Ministério Público. Identificado como Carlos Eduardo Mora, ele é suspeito de participação "na logística" do ataque contra Uribe.

Mora estava em um veículo de onde a arma foi entregue ao adolescente. O menor entrou no veículo e trocou de roupa.

Mulher foi a terceira suspeita presa pela participação no atentado. Não há mais detalhes da participação dela no crime.

Quarto suspeito foi preso após ser flagrado por câmeras de segurança circulando nas imediações do local do atentado. Identificado como William Fernando González, ele foi detido no dia 19 de junho.

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Senador baleado é crítico do presidente

Uribe é neto do ex-presidente Julio César Uribe. Ele é um dos maiores críticos do presidente colombiano Gustavo Petro, especialmente em relação à deterioração da situação de segurança no país.

Petro deslocou ao menos 100 profissionais de "todas as inteligências" para investigar quem ordenou o atentado. "Nenhum recurso deve ser poupado, nem um único peso ou um único momento de energia, para encontrar o cérebro. Onde quer que eles vivam, seja na Colômbia ou no exterior", disse o presidente.

*Com informações de AFP e Reuters

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