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Permanece a divisão em torno da lei de saúde nos EUA, mas Obama sai na frente na corrida eleitoral

Americanos contrários e apoiadores da lei de saúde do governo Obama fizeram manifestações em frente à Suprema Corte dos EUA - Evan Vucci/AP
Americanos contrários e apoiadores da lei de saúde do governo Obama fizeram manifestações em frente à Suprema Corte dos EUA Imagem: Evan Vucci/AP

Allison Kopicki

05/07/2012 06h00

Uma nova onda de pesquisas de opinião foi divulgada nos últimos dias, medindo a posição dos americanos a respeito da Suprema Corte e sua decisão de manter grande parte da lei de saúde. As pesquisas mostraram os americanos divididos em relação à decisão, como eles têm se mostrado a respeito da lei desde que foi sancionada em 2010.

O Centro Pew de Pesquisa apontou que 4 entre 10 americanos aprovaram a decisão da Suprema Corte, e aproximadamente o mesmo número desaprova. O Pew também apontou que apesar do aparente grande interesse na decisão sobre a lei de saúde, quase metade dos americanos não sabia que a corte tinha mantido a maioria dos artigos da lei. Três entre 10 disseram que desconheciam a decisão da corte, enquanto 15% disseram que a corte rejeitou a maioria dos artigos da lei.

Entre aqueles que disseram corretamente que a Suprema Corte manteve a maioria dos artigos da lei, um número ligeiramente maior aprovou, 50% contra 42%.

Uma pesquisa "ABC News/Washington Post" apontou uma divisão semelhante, com 43% dos americanos considerando a decisão da Suprema Corte favorável, e 42% dizendo que ela foi desfavorável.

E apesar dos americanos também estarem divididos a respeito dos planos do presidente Barack Obama para a saúde, com 45% aprovando seus planos e 48% os desaprovando, um número ainda menor aprova os planos de Mitt Romney para a saúde. Apenas 3 entre 10 americanos expressaram uma visão positiva a respeito dos planos de Romney para a saúde, enquanto quase metade disse desaprovar os planos dele, e quase um quarto não soube dizer.

Após a decisão, 53% dos americanos aprovaram a forma como a Suprema Corte realizou seu trabalho, e 43% desaprovaram –aproximadamente o índice de aprovação que a Suprema Corte recebeu em abril, segundo a mais recente pesquisa "CNN/ORC". O ministro-chefe John Roberts contou com um índice de aprovação de 41%, enquanto mais de um terço dos americanos disse não conhecê-lo ou não ter uma opinião.

A pesquisa "CNN/ORC" apontou que metade dos americanos concordou com a decisão da Suprema Corte e aproximadamente o mesmo número discordou. Seis entre 10 americanos disseram que o artigo que obriga todos os americanos a terem um plano de saúde é um "imposto", enquanto 4 entre 10 não consideram a obrigação individual como um imposto.

No próximo passo os americanos também estão divididos: um número quase igual de americanos gostaria de ver o Congresso derrubar a lei quanto o que gostaria de ver o Congresso mantê-la.

A pesquisa "CNN/ORC" também apontou Obama com vantagem sobre Romney na questão de saúde, com 51% dizendo que o Obama cuidaria melhor da saúde. No geral, a pesquisa apontou os dois candidatos empatados, com 49% dos eleitores apoiando Obama e 47% apoiando Romney, uma diferença dentro da margem de erro da pesquisa.

Todas as três pesquisas nacionais foram realizadas por telefone de 28 de junho a 1º de julho. O Centro Pew de Pesquisa entrevistou 1.006 adultos, com uma margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. A "ABC News/Washington Post" entrevistou 1.019 adultos, com margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. A "CNN/ORC" realizou entrevistas por telefone com 1.517 adultos, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.