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Meses após expulsão do EI, familiares ainda procuram corpos em Mossul

Mossul foi o local onde o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI) declarou, em 2014, a instauração do seu califado.

Hoje, meses após o governo iraquiano anunciar sua vitória sobre o EI, resta apenas a devastação deixada pela batalha para libertar a segunda maior cidade do Iraque.

“Essa é a cidade em que eu cresci, e tínhamos orgulho dela. É uma pena. Veja agora, não resta nada, está completamente devastada”, diz Ahmed, um morador de Mossul, enquanto espera pela retirada de corpos sob os escombros.

Não resta muito da casa que ele comprou há cinco anos. Ahmed também perdeu oito pessoas de sua família na guerra.

O conflito já custou a vida de 10 mil civis na cidade, segundo a Anistia Internacional - um número que supera em dez vezes a estimativa oficial.

Mais de 800 mil pessoas tiveram de deixar suas casas, segundo a Organização Internacional para Migração.

“Até onde sabemos, o EI veio ao bairro da minha família, mandou eles saírem e colocou suas próprias famílias no lugar”, diz Ahmed.

O primeiro a morrer foi seu cunhado, enquanto buscava água do rio. Ele foi atingido por uma bomba.

“Então, minha cunhada ficou doente. O EI estava fazendo as pessoas mudarem de casa em casa, então eles não queriam alguém doente por perto. Eles a mataram e jogaram seu corpo no rio.”