Rio+20: projetos de sustentabilidade

Reprodução/YasuníITT
Dinheiro ou preservação? O Equador se compromete a deixar debaixo da terra indefinidamente as reservas de petróleo no parque amazônico Yasuní, se a comunidade internacional arcar com parte dos lucros da oportunidade. A arrecadação já está perto da meta de US$ 3,5 bilhões, mas governos europeus questionam se o mundo precisa mesmo pagar para os países cuidarem de sua biodiversidade Mais
Lilian Ferreira/UOL
Com estoque de água potável para só dois dias, o Qatar usa um sistema permanente para separar o sal da água do mar e abastecer o país. O projeto do governo que será apresentado na Rio+20 é desenvolver tecnologia em energia solar suficiente para sustentar o processo de dessalinização, que hoje consome as reservas de gás do país Mais
Fernando Vergara/AP - 2.abr.2006
No dia 16 de junho, a Colômbia fala da experiência de 21 associações índigenas que governam seu próprio território, a Consolidação Amazônica (COAMA). O projeto foi lançado na Rio 92 e implementado com recursos da União Europeia. Nesses territórios da Amazônia colombiana, as Entidades Tradicionais Indígenas têm autonomia política e administrativa asseguradas pela Constituição.
Tim Wimborne/Reuters - 7.jul.2011
A Austrália organiza um evento na Rio+20 apresentando seu novo imposto sobre emissões de gases poluentes, aprovado no ano passado e que entra em vigor no próximo dia 1º de julho: uma taxa de 23 dólares australianos por tonelada de dióxido de carbono lançado na atmosfera começará a ser cobrada das empresas responsáveis. Outros países, como o Japão e a Finlândia, já implementaram impostos semelhantes Mais
Divulgação/Environtrade
Moçambique leva para a Rio+20 a experiência da comunidade de carbono N´hambita: o projeto dissemina técnicas de agricultura sustentável entre mil famílias de pequenos produtores que vivem na reserva de Gorongosa, província de Sofala. Com a preservação do ecossistema local, a comunidade de agricultores ainda vende créditos de carbono e reinveste os lucros no negócio
George Ruhe/AP - 2.out.200t
Nova legislação da União Europeia cobra imposto sobre as emissões de carbono provocadas por vôos comerciais que passam pelos aeroportos do continente. Companhias aéreas norte-americanas constestaram a regra, mas a Corte Europeia de Justiça decidiu pela legalidade da cobrança Mais
Mike Clarke/AFP
A Indonésia é um dos países que mais recebe investimentos do fundo colaborativo para a Redução das Emissões e contra a Degradação e Desmatamento (REDD) de Florestas, lançado pela ONU em 2008 para assistir países em desenvolvimento. O país lançou este ano a iniciativa nacional do "Corredor Verde", que promete incentivar a integração de produtos e serviços "verdes" à economia. Na foto, campanha com mais de mil moradores da região de Perenan, na ilha de Bali, promove a despoluição dos rios e mananciais da região -- boa para o meio ambiente e para os negócios no balneário turístico
Reuters
A delegação da China organiza no dia 16 de junho um evento oficial para mostras "os progressos e as expectativas" da China quanto ao tema de sustentabilidade. Um dos maiores poluidores do mundo, o país investe pesado em tecnologias de energia limpa desde 2007. Depois de anos sendo o país que mais investe, perdeu este ano para os EUA. O termo "economia verde", objeto de discussão na Rio+20, faz parte do 12º Plano Quinquenal Chinês, que vai orientar investimentos do Estado no período de 2011 a 2015 Mais
Nasa
Pode ser parte da Lei na Bolívia: a Terra tem direitos. O projeto da "Lei dos Direitos da Mãe Terra" já passou pelo Congresso boliviano em 2011, mas ainda deve passar por outros trâmites no legislativo antes de ser sancionada. A lei reconhece a "Mãe Terra" como sujeito jurídico e lhe garante os direitos à manutenção dos ecossistemas, ao ciclo da água e à restauração dos ciclos de vida, criando obrigações para o Estado, as empresas e os indivíduos no país Mais
Christof Stache/AFP - 16.jun.2011
A Alemanha apresenta como seu principal projeto de sustentabilidade na Rio+20 o plano para consumir 100% energia renovável até 2050. É uma revisão otimista de um compromido já assumido depois da ECO 92, quando a meta era entre 80% e 85% da matriz energética. Ponto polêmico é que, além da geração de energia solar e eólica, o plano admite também energia nuclear. A foto é de uma planta de energia solar na cidade de Puchheim, próxima a Munique, inaugurada em junho de 2011 Mais
Jayanta Dey/Reuters
Qualquer pessoa tem emprego garantido em 615 distritos rurais da Índia.O Programa de Garantia de Empregos Rurais oferece trabalho remunerado para, em média, 30 milhões de famílias por ano, que ficam ociosas no período de entressafra. Segundo o país, o foco dos trabalhos é irrigação, prevenção do desmatamento e recuperação do solo erodido. Na foto, um trabalhador nos campos de arroz da cidade de Agartala, no norte da Índia
Jenny Vaughan/AFP
Com financiamento externo, a Etiópia lançou um plano de infraestrutura para os próximos cinco anos que deve explorar o potencial do país de gerar energia limpa. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), há projetos para seis plantas de energia eólica e uma de energia geotérmica no país. Também projetos de hidrelétricas, criticados pelo impacto ambiental das obras, são parte do plano nacional. Na foto, a represa de Gibe III, que está em construção.
Divulgação/PNUMA
A certificação orgânica do abacaxi, gengibre e baunilha permite a agricultores de Uganda ganhar até três vezes mais com a produção, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente (PNUMA). Em 2002 começou-se a investir em técnicas em manejo sustentável da terra, e, em 2007, o país adotou um modelo de certificação internacional de orgânicos. Desde 2009, a incorporação de pequenos agricultores à produção orgânica virou política de Estado Mais