Fundação vai revitalizar jardim histórico da casa de Rui Barbosa Tânia Rêgo/ABr A Fundação Casa de Rui Barbosa vai revitalizar o jardim histórico de 9.000 metros quadrados do museu, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro - até 1923, o local era a residência do baiano Rui Barbosa. As parreiras se enroscam na estrutura metálica da pérgula, área que fica na parte posterior da casa - o eixo central da estrutura tem 40 metros de comprimento Tânia Rêgo/ABr Coberta por trepadeiras, as pérgulas davam sombra aos moradores e eram frequentes nos quintais das casas cariocas no século 19 Tânia Rêgo/ABr No jardim social, encontram-se até hoje flores tradicionais dos jardins brasileiros, como camélias, jasmins, magnólias e azaléas Divulgação/Fundação Casa de Rui Barbosa Rui Barbosa gostava de cultivar rosas e chegou a ter mais de trezentas espécies em seu jardim. Muitas delas eram plantadas na área da pérgula para vê-las crescer entremeadas à videira, segundo a fundação Tânia Rêgo/ABr As flores de dois pés de camélias e de um pé de jasmim-manga (foto) caem no lago, que corta o gramado no pequeno jardim romântico em frente à casa Tânia Rêgo/ABr O jardim lateral tem dois pés de chuva-de-ouro (Cassia fistula) e um abricó-de-macaco (foto acima), mas nem sempre foi assim. Antes, nas margens do lago da casa, havia um pé de baunilha, um de sol-do-Peru, um flamboyant e algumas alcácias. Com a urbanização do Rio, uma rua do bairro foi prolongada e acabou destruindo essa faixa arborizada do terreno. A área só foi refeita na reforma de 1930, mas sem ter o aspecto original recuperado, segundo a Fundação Casa de Rui Barbosa Tânia Rêgo/ABr Segundo a fundação, o terreno da casa quase não tinha árvores quando Rui Barbosa comprou o imóvel. Foi ele quem transformou os 9.000 metros quadrados em área verde, hoje preservados pelo patrimônio cultural Tânia Rêgo/ABr Entre as árvores plantadas por Rui Barbosa estão a lichia, que fica no jardim privado, um pé de fruta-pão e a velha pitangueira, ambos na área verde mais ao fundo Tânia Rêgo/ABr Um jardim reservado se estende aos fundos da casa, atravessado pelo caminho que leva à pérgula. Ali, destacam-se o quiosque perto do lago e dois nichos com árvores especiais: a lichia e o pau-brasil Tânia Rêgo/ABr No fundo do quintal, os visitantes do museu encontram exemplares de diversas árvores frutíferas, como abacateiro, abiu, cajá-manga, carambola, coco, condessa, goiabeira, sapotizeiro, fruta-pão, araçá-amarelo, jambo, seringueira, nêspera, tamareira, pitangueira, mangueiras e parreira Tânia Rêgo/ABr No fundo do jardim, havia um picadeiro e uma estufa de vidro e metal, onde eram cultivadas uma variedade de avencas, palmeirinhas e orquídeas. Em 1937, foi construída uma casa para o zelador do museu, mas hoje ela é ocupada por serviços da fundação Tânia Rêgo/ABr O par de leões, em ferro fundido, estão nas escadas dos salões da casa de Rui Barbosa. Na época, esse animal era o preferido para decorar as entradas dos palacetes, pois evocava nobreza e distinção ao dono Tânia Rêgo/ABr Esculpida em mármore branco, o busto de Rui Barbosa fica na entrada da casa - ele posou para o artista português Rodolfo Pinto do Couto em 1918 Tânia Rêgo/ABr A antiga residência de Rui Barbosa abriga, hoje, um museu e a sede da Fundação Casa de Rui Barbosa