Cientistas exploram o Ártico há mais de cem anos

Robert E. Peary Collection/NGS
Robert Peary (à esquerda) e Matthew Henson são considerados os primeiros homens a conquistar o Polo Norte. A dupla contou com a ajuda de quatro esquimós (à direita) para chegar à região do Ártico no dia 6 de abril de 1909
AFP
O balão Britannic Challenger, pilotado pelo aventureiro David Hempleman-Adams, voa em direção ao polo Norte. Em junho de 2000, o britânico aterrissou no Ártico e tornou-se a primeira pessoa a chegou à região com um balão
Nasa
A máxima cobertura de gelo do Ártico atingiu o quinto menor índice dos últimos 35 anos, afirma a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) com base em imagens de satélites. Em fevereiro de 2013, o gelo ocupou uma área de 15,09 milhões de quilômetros quadrados, mostrando uma tendência preocupante. A máxima desse último inverno bateu a marca de 374 mil quilômetros quadrados, abaixo da média histórica
Stefan Hendriks/Efe
A expedição Polarstern (estrela polar) foi uma das pioneiras na pesquisa da espessura da camada de gelo do Ártico. Segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), os últimos dez anos registram as nove piores marcas da redução da camada de gelo no polo Norte
U.S. Coast Guard/Patrick Kelley / Reuters
A calota de gelo no Ártico teve uma baixa recorde de 3,4 milhões de quilômetros quadrados em 2012, revelou programa da ONU (Organização das Nações Unidas). A diminuição é perigosa porque facilita a corrida por recursos naturais no local, como gás e petróleo, cujas atividades podem ameaçar o ecossistema e a vida silvestre no polo Norte do planeta, além de ser um forte indicador do aquecimento global
AP
Soldados removem neve do submarino USS Connecticut durante uma missão no Ártico. Segundo a agência norte-americana de pesquisas geológicas (USGS, na sigla em inglês), mais de 70% dos recursos de petróleo ainda a serem identificados estão no norte do Alasca e no leste do Groenlândia, o que explica o grande interesse econômico dos países que fazem fronteira com o Ártico: Canadá, Dinamarca (por meio da Groenlândia), Estados Unidos (por meio do Alasca), Noruega e Rússia
U.S. Coast Guard/Patrick Kelley/Reuters
Um navio quebra-gelo da guarda costeira norte-americana abre caminho para a passagem do navio canadense Louis S. Saint-Laurent. A agência norte-americana de pesquisas geológicas (USGS, na sigla em inglês) calcula que 30% das reservas de gás natural ainda por serem descobertas estão exatamente no Ártico
Michael Studinger/Nasa
A extensão de gelo na Antártida cresce mais lentamente do que o derretimento das calotas no oceano Ártico, segundo estudo da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) de outubro de 2012. As mudanças climáticas e a geografia dos polos da Terra explica tanto a perda quanto a expansão da cobertura de gelo
Kathryn Hansen/Reuters/Nasa
Cientistas não estudam só os avanços das mudanças climáticas, mas também buscam explorar a biodiversidade no Ártico. Uma equipe dizem ter encontrado a maior reserva do mundo de fitoplâncton, algas vitais para a cadeia alimentar dos oceanos. O grupo identificou uma biomassa de fitoplâncton que se estende por 100 quilômetros na plataforma de gelo no mar Chukchi, no litoral do Alasca, um lugar considerado inesperado
JamesBalog/Chacing Ice/EFE
Já uma expedição russa no Ártico descobriu que, além de reduzir precocemente a superfície da camada de gelo (acima), o aquecimento global fez com que mais pássaros, plantas, fungos e mosquitos fossem parar na região gelada. Entre os animais, foram encontradas quatro espécies de pássaros incomuns para o arquipélago - gaivota de Sabine, gaivota grande, pato marinho de cauda longa e marrecos -, três novas classes de mosquitos e até baleias-fin, que vivem no hemisfério Sul
Reprodução/Mathias Wielz
As "flores de gelo" que cobrem o oceano Ártico alojam muitas bactérias e micro-organismos, mesmo com temperaturas negativas. O fenômeno pode dar pistas sobre como a vida se manifesta em condições extremas, segundo estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, de dezembro de 2012
Subhankar Banerjee/AP
O braço canadense da organização WWF alertou sobre o futuro incerto do urso polar devido ao "aquecimento acelerado do Ártico" e declarou 2013 como o "Ano internacional do urso polar", período que coincide com o 40º aniversário do Acordo para a Preservação da espécie, firmada pelos cinco países que têm populações de ursos polares
Florian Schulz /Reuters
Fêmea de urso polar cuida de seus filhotes na região do mar de Barents, no Ártico, em registro de junho de 2011. A ONG WWF estima que exista entre 20 mil e 25 mil ursos polares no planeta, com 60% da população desse espécie em extinção no Canadá
Anna Henly/Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year
Urso polar caminha sobre os pedaços de gelo próximo ao arquipélago norueguês de Svalbard, na região do Ártico. ONGs afirmam que o aquecimento global está prejudicando o ambiente marinho drasticamente, afetando a sobrevivência dos ursos
EFE/Nick Cobbing
Artista recria um dos desenhos mais famosos de Leonardo da Vinci, "Homem Vitruviano", sobre a camada de gelo do Ártico, em um ato para chamar a atenção para a região. O polo Norte perde gelo no verão quando o Sol fica no ponto mais alto do céu - setembro, mês que marca o fim da estação, concentra os maiores índices de perda do ano -, mas a extensão cresce novamente durante o inverno, quando a região tem dias muito curtos, especialmente entre fevereiro e março. Mas medições de submarinos mostram que a região perdeu 40% da espessura do gelo nos últimos 30 anos e sua camada está cada vez mais fina, sinal da velocidade do aquecimento global
Divulgação/Greenpeace
As mudanças climáticas também podem destruir o Natal se o Ártico derreter. O Papai Noel será obrigado a se mudar do polo Norte por conta do degelo, mostra a campanha bem humorada do Greenpeace, 'Santa Relocation Project', de dezembro de 2012. A intenção da ONG foi chamar a atenção para problema que pode levar ao desaparecimento da região no verão
David Cheskin/WPA pool/AFP
O príncipe Harry, da Inglaterra, enfrentou as águas de temperatura negativa durante um treinamento militar no arquipélago Spitsbergen, entre a Noruega e o polo Norte, em março de 2011
Bancroft Arnesen Expedition, Hunter Bancroft/AP
A norueguesa Liv Arnesen puxa trenó no norte do Canadá, em março de 2007. A travessia de 850 quilômetros do oceano Ártico que ela fazia com a britânica Anne Bancroft foi cancelada depois de ela ficar com três dedos do pé congelados. As duas desejavam chamar atenção para o efeito estufa com a expedição
Catilin Arctic Survey/Martin Hartley/AFP
Dupla de pesquisadores da expedição Catilin Arctic Survey, que tinha o objetivo de medir a espessura do gelo no polo Norte, teve de antecipar o fim da missão em 2009. Pen Hadow e Ann Daniels afirmaram que não conseguiram chegar ao polo, porque o gelo estava fino demais e poderia colocar em risco a vida dos cientistas
Martin Hartley/AFP
Cientistas da expedição Catilin Arctic Survey antecipou o fim de uma missão no Ártico ao constatar que o gelo estava fino demais, o que prejudica a travessia com trenó (acima) e coloca em risco a vida da dupla. Pen Hadow e Ann Daniels tentaram chegar ao polo para medir a espessura do gelo
AFP
As ilhas Franz Josef Land são observadas pelo satélite Aster, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), em uma imagem que combina ondas visíveis e infravermelhas. A região a 970 quilômetros de distância do Ártico fica constantemente coberta de gelo - as geleiras respondem por 85% da paisagem desse arquipélago
Bob Strong/Reuters
Um banco de sementes foi construído em um caverna da ilha Spitsbergen, na Noruega, em 2008, para preservar amostras das espécies de uma catástrofe no clima do planeta. O local fica a cerca de mil quilômetros de distância do polo Norte