Aquário mostra espécie exótica de água-viva

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Aquário de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, mostra espécie exótica de água-viva. Conhecida também como água-viva australiana manchada, a "Phyllorhiza punctata" é nativa do oceano Pacífico Ocidental, vivendo na faixa entre a Austrália e o Japão, e pode chegar a 60 centímetros de diâmetro na fase adulta
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Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, diretor do Aquário de Ubatuba, a "Phyllorhiza punctata" passou a preocupar cientistas quando passou a viver longe do seu habitat, como ocorre desde 2000 no Golfo do México, por causar desequilíbrio no novo ecossistema. Como se alimentam de zooplâncton, ovos e larvas de espécies de peixes nativos, elas podem prejudicar a safra dos camarões, que também tem sua fase planctônica, na costa brasileira
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O oceanógrafo Hugo Gallo, diretor do Aquário de Ubatuba, afirma que não havia registros publicados da "Phyllorhiza punctata" na costa do Brasil desde 2006. "Vamos acompanhar o desenvolvimento destas medusas no Aquário e também na região [de Ubatuba]. Mas nos preocupa o aparecimento destes animais que, possivelmente, tenham sido introduzidos pela água de lastro dos navios, o que pode estar relacionado com o aumento gradativo da operação de navios de grande porte no litoral norte [de São Paulo]", explica
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A água-viva dessa espécie invasiva possui nematocistos (órgãos na epiderme) que guardam toxinas, ou seja, elas podem causar acidentes com banhistas. Para tratar as "queimaduras", é preciso enxaguar o local com água salgada ou com soro fisiológico e procurar atendimento médico em seguida. "Mas é importante não esfregar o ferimento para não espalhar o veneno na pele", alerta o oceanógrafo Hugo Gallo
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O Aquário de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, tem sete águas-vivas em exposição: quatro da espécie "Phyllorhiza punctata" e outras três da "Chrysaora lactea", que se alimentam de plânctons cultivados no local. Ao todo, o Aquário mantém 738 animais marinhos, sendo de 119 espécies diferentes, mas expõe ao público 600 exemplares