Dingo, cão selvagem australiano, luta para se salvar da extinção AFP/Greg Wood Marle e Digger podem ser filhotinhos fofos, mas não se engane, adverte seu cuidador, Matt Williams: estes dingos com 18 semanas de vida são animais selvagens que nunca serão bichinhos de estimação Mais AFP/Greg Wood O casal de irmãos que vive no Parque do Deserto de Alice Springs, no centro da Austrália, são geneticamente dingos puros, o que significa que são dois dos espécimes cada vez mais raros da agressiva subespécie do lobo cinzento Mais AFP/Greg Wood "Eles são muito diferentes do cão doméstico", diz Matt Williams, enquanto tenta manter os ágeis animais sob controle Mais AFP/Greg Wood Embora muitas pessoas se sintam tentadas a dar carinho a animais com aparência canina, instintivamente acariciando sua cabeça ou orelhas sem esperar uma reação adversa, as coisas são diferentes com os dingos, que são encontrados sobretudo na Austrália Mais AFP/Greg Wood "Embora possam parecer cães e ter quatro patas e abanar a cauda, eles são animais selagens e você precisa respeitar e tratá-los como tais", disse Amanda McDowell, presidente da Associação de Preservação do Dingo Australiano Mais AFP/Greg Wood Apesar de sua ferocidade, o dingo - que segundo evidências fósseis está na Austrália por pelo menos 3.500 anos - pode estar lutando pela própria sobrevivência, e alguns temem que cruzamentos com cães domésticos possa acabar extinguindo a espécie Mais AFP/Greg Wood McDowell acredita que o fim do animal não pode ser evitado, apenas adiado. "Realmente está à beira da extinção. Muitas pessoas têm a percepção de que há muitos dingos lá fora", declarou Mais AFP/Greg Wood A situação do animal é exatamente igual à do lobo-da-austrália - a misteriosa fera canina mais conhecida como tigre da Tasmânia, cujo último exemplar acredita-se que tenha morrido no zoológico de Hobart, em 1936 Mais AFP/Greg Wood Na falta de testes genéticos em um grande número de animais, é difícil identificar exatamente quantos dingos ainda existem na natureza. O biólogo conservacionista Mike Letnic, da Universidade de Nova Gales do Sul, diz que o número é discutível, mas que há evidências claras da ocorrência de muita miscigenação perto das grandes cidades desde que os cães domésticos chegaram com os primeiros europeus, em 1788 Mais