Conheça animais que estão sendo mortos pelas mudanças climáticas

Li Weidong/ Divulgação
COELHO ILI PIKA: A espécie ochotona iliensis é uma das criaturas mais raras do mundo, também chamada de coelho Ili Pika. O animal vive em lugares de baixas temperaturas e relativamente úmidos, como regiões alpinas. Os coelhos sofrem com o aquecimento global, pois podem morrer se expostos a temperaturas acima de 25°C. A espécie foi descoberta em 1983, nas montanhas Tianshian, no noroeste da China. A população do animal já foi reduzida a 30% desde a década de 1980, e é estimada em mil animais no país asiático, segundo cientistas Mais
Sven Hoppe/AP
URSO-POLAR: O derretimento das calotas polares produziu efeitos severos sobre a alimentação dos ursos-polares, que normalmente caminham longas distâncias para caçar focas e outros mamíferos marinhos. Existem menos de 30 mil ursos-polares que ainda vivem soltos na natureza, segundo a organização Polar Bears International. Nas proximidades do mar de Beaufort, na região do Ártico, já é possível constatar que a população de animais caiu cerca de 40% entre 2001 e 2010, passando de 1.500 animais para 900 Mais
Daniel Munoz/ Reuters
RAPOSA-VOADORA-AUSTRALIANA: No verão de 2014, cerca de 45 mil animais morreram em apenas um dia de forte calor no sudeste de Queensland (Austrália). As raposas-voadoras são responsáveis por espalhar sementes e polinizar as árvores nativas, mas não estão sobrevivendo às mudanças climáticas. Os animais morreram em dias que a temperatura passou dos 40°, em regiões como Nambour e Beerburrum. A espécie toda preta da raposa-voadora, pteropus alecto, foi a mais afetada pelo calor, representando 96% das mortes
Reprodução/Wallconvert
COALA: Os icônicos coalas da Austrália enfrentam a desnutrição e a fome como consequência de mudanças climáticas. Segundo relatório da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), o excesso de dióxido de carbono na atmosfera faz as plantas crescerem mais rápido, porém com menores níveis de proteína. Assim, animais como o coala, que se alimentam principalmente de eucalipto, não têm boas fontes de alimento. A Fundação Australiana de Coalas afirma que em 2015 existiam menos de 90 mil animais selvagens Mais
Justin Sullivan/Getty Images/AFP
LEÃO-MARINHO: O aumento da temperatura no mar afeta a disponibilidade de presas para os leões-marinhos, que passam fome e morrem. Episódios como o El Niño afetam a temperatura das águas, e levam cardumes de sardinhas, por exemplo, a migrarem em busca de condições mais favoráveis. Assim, os leões-marinhos com menos opções de comida. Segundo estudo publicado na revista Nature, a mudança também afeta no perfil genético dos que sobrevivem, que aparecem com peso médio menor ao nascer e demoram mais para se reproduzir
Jeff Pachoud/AFP
LEOPARDO-DE-AMUR: Existem cerca de 20 adultos e seis filhotes de leopardo-de-amur na natureza, segundo a ONG norte-americana Mother Nature Network. Esses animais sobrevivem melhor no clima frio da taiga, e estão sofrendo com o aumento das temperaturas. Sua minúscula população continua em declínio, de acordo com a IUCN, e tem a mais baixa diversidade genética de todas as subespécies de leopardos. A exploração de madeira e incêndios florestais no habitat natural também afetam a vida do animal
Ulytautour/Wikimedia Commons
SAIGA: Caso você nunca tenha visto uma saiga se apresse, ou talvez nunca veja. Esses animais estão criticamente ameaçados de extinção, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, e o clima pode ser o responsável. Um micro-organismo no sangue das saigas que costumava ser inativo, "despertou" com o aumento das temperaturas e virou venenoso. Uma pesquisa mostrou que ao menos 88% de saigas morreram apenas em maio de 2015, quando as temperaturas subiram no Cazaquistão. Em temperaturas muito frias, as saigas também morrem
Cassandra Brooks/Stanford
PINGUIM-IMPERIAL: Os pinguins-imperadores sofrem só por serem da Antártica, onde a elevação da temperatura está derretendo as geleiras. Pesquisadores britânicos publicaram na revista Nature que a população desses animais pode diminuir até 33% nesse século. De acordo com a IUNC (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), o calor faz com que as placas de gelo fiquem muito finas e quebrem com maior frequência, arrastando os pinguins que ali moram para o mar, onde bebês muitas vezes morrem afogados
Eduardo Piagentini/UOL
ESTRELA-DO-MAR: Milhões de estrelas-do-mar estão perdendo os braços em um processo de deterioração que ocorre em poucos dias. Os cientistas estudam a razão pela qual em alguns lugares, como o Parque Nacional Olímpico, nos EUA, quase 95% da população de estrelas desapareceu. Em 2014, uma equipe de pesquisadores encontrou provas que apontam para uma infecção por vírus, que pode ter sido facilitada pelo aquecimento das águas. "Com temperaturas mais altas, as estrelas-do-mar morrem mais rápido", diz Drew Harvell, bióloga da universidade norte-americana de Cornell Mais
AP/Darko Vojinovic
FOCAS: Filhotes de focas marinhas doentes e desnutridas estão lotando um centro de mamíferos marinhos na Califórnia (EUA). Um número recorde de filhotes encalhados foi encontrado em novembro de 2015 nas praias. Os cientistas afirmaram para a revista Nature que acreditam que as mudanças de temperatura da água estão afetando a principal fonte de alimento das focas, o krill. Uma pesquisa publicada na revista, mostrou que com a falta de alimento, as fêmeas das focas antárticas nascem menores e se reproduzem mais tarde, prejudicando a multiplicação da espécie