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Rio amplia coletiva seletiva para separar 25% do lixo até 2016

05/06/2013 17h21

A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, os novos caminhões e garis que vão tentar levar a coleta seletiva na capital a 5% do lixo aproveitável ainda neste ano. A meta é inaugurar três centrais de triagem e levar o serviço a 104 bairros em 2013. 

Atualmente, 44 bairros cariocas contam parcialmente com a coleta seletiva, o que atinge apenas 1,4% do lixo reciclável da cidade. Mas a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) quer aumentar esse percentual para 25% até 2016. 

Com os novos caminhões de cor azul e os garis contratados - 85% dos novos funcionários são mulheres - para se dedicarem exclusivamente a esse serviço, os bairros ficarão totalmente cobertos ainda neste mês, segundo o prefeito Eduardo Paes.  Ao todo, serão 144 novos garis e 24 novos caminhões dedicados à coleta seletiva, que será ampliada de pouco de 2.000 para 9.500 ruas da cidade, envolvendo 2,6 milhões de habitantes, de um total de 6 milhões.

O prefeito do Rio destacou que é necessário o engajamento da população e disse que, em seu primeiro mandato, concentrou-se em extinguir o Lixão de Gramacho, que ficava em Duque de Caxias e recebia grande parte do lixo da cidade, que agora tem como principal destino o Aterro de Seropédica. A coleta seletiva no Rio tem financiamento de R$ 22 milhões do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), anunciado em 2011. Por causa desse atraso, ele disse que as metas precisam ser ousadas.

"A gente perdeu muito tempo. Eu dediquei meu primeiro governo a acabar com a vergonha maior que era o Lixão de Gramacho às margens da Baía de Guanabara. Agora, depois de ter organizado o destino final do nosso lixo, [vamos] olhar para o futuro e ter coleta seletiva como uma cidade com um ativo ambiental que o Rio tem", acrescentou o prefeito. 

Tecnologia

Cada caminhão contará com um palmtop em que serão registradas informações sobre a coleta, como a adesão dos moradores. Quem não aderir será notificado uma primeira vez, por meio de um selo que será colado ao saco de lixo, que não será recolhido. Na segunda notificação, um agente da Comlurb fará uma visita de conscientização, explicando detalhes do projeto e advertindo que, na terceira, haverá multa, cujo valor ainda está em estudo. Os equipamentos eletrônicos estão em fase de teste e devem começar a ser usados em julho.

Um sistema informatizado vai monitorar a coleta e o processamento do lixo nas centrais de reciclagem, gerando informações como a economia de água e de energia e a redução nas emissões de gás carbônico.

Para trabalhar nas centrais de reciclagem, catadores de 28 cooperativas serão capacitados pelo Serviço Nacional de Aprendizado e Cooperativismo, com aulas práticas e teóricas que devem começar em julho e durar dois meses. A primeira a entrar em funcionamento será a de Irajá, que já está pronta. Gamboa, Penha, Bangu, Campo Grande e Vargem Grande também receberão centrais de triagem, totalizando seis unidades.

Além de instruções como operar as máquinas da central, os alunos aprenderão noções de gestão, contabilidade e segurança no trabalho focadas em cooperativas. Até 1.500 catadores devem ser preparados, sendo até 500 neste ano, para atuar nas três centrais previstas para serem inauguradas até dezembro.