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Rio proíbe pesca até outubro para proteger espécies na lagoa de Araruama

Douglas Corrêa

Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro

01/08/2013 19h39

Pela primeira vez, o governo fluminense adota o período do defeso na Lagoa de Araruama, na região dos Lagos, considerada a maior em hipersalinidade do mundo. Para coibir a pesca, uma operação da Secretaria de Estado do Ambiente apreendeu nesta quinta-feira (1º) três embarcações e diversas redes de pesca. Quatro pescadores foram flagrados e receberam uma advertência. A ação se estendeu aos municípios de Araruama, Iguaba, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo.

Até 31 de outubro, a pesca está proibida na lagoa para favorecer a reprodução e o crescimento de diversas espécies de peixes. Atualmente, existem 16 espécies catalogadas na lagoa, dentre as mais comuns, a tainha, a perumbeba, o robalo e o camarão.

O secretário do Ambiente, Carlos Minc, disse que a operação tem o objetivo de garantir peixe em quantidade e e em bom tamanho para o pescador e para a população.

"Hoje, a tainha, por exemplo, está pesando entre 600 e 700 gramas. Depois do período do defeso, o peso dela pode chegar a 1,2 quilo. Este período de defeso é inédito. Os pescadores conscientes estão apoiando a iniciativa, mas outros não. Daí a operação, que hoje, no primeiro dia de defeso, tem caráter educativo", alertou.

Por mês, são capturados na Lagoa de Araruama cerca de 80 toneladas de pescado. Quem for flagrado pescando e estiver cadastrado para receber o seguro-defeso, no valor mensal de um salário mínimo (R$ 680), perderá esse direito.