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Águas do rio Tietê em Salto (SP) ficam negras e matam milhares de peixes

Rio Tietê poluído na altura da cidade de Salto (SP) - Edemilson Santos/Jornal Estância
Rio Tietê poluído na altura da cidade de Salto (SP) Imagem: Edemilson Santos/Jornal Estância

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

27/11/2014 14h13

Milhares de peixes morreram, nesta quinta-feira (27), no rio Tietê, em Salto (a 101 km de São Paulo), após as águas do manancial apresentarem coloração preta. A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) foi informada e está analisando as causas tanto da mortandade quanto da água preta.

A retirada de parte dos peixes, em especial das espécies corimba e mandi, aconteceu na manhã de hoje no trecho do rio que corta a cidade. As águas do rio Tietê estão negras desde quarta-feira. “É uma pena ver tanto peixe morto. Dá um dó tremendo, uma sensação de perda e de que o rio está morrendo”, conta o aposentado Artur da Silveira Salles, 72, morador na cidade, que acompanhou a retirada de parte dos peixes.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente da Prefeitura de Salto, João Conti Neto, a cor escura é é um fenômeno que ocorre com frequência, especialmente em épocas em que o rio está com baixa vazão e ocorrem chuvas de grande monta. “A sujeira que está no fundo do rio, concentrada, é remexida pela força das águas e aí fica esse mancha preta”, afirmou.

Já o vereador Edemilson Santos (DEM) informou que a quantidade de peixes mortos impressiona. Ele procurou a Cetesb e fez o comunicado da mortandade. “Solicitei a fiscalização da Cetesb na cidade e foi prometido o envio de uma equipe. Também estou encaminhando as imagens e os vídeos para o órgão fiscalizador”, disse o vereador.

A Cetesb informou que uma equipe da agência em Jundiaí apura as causas da morte dos peixes e da coloração da água. Uma equipe deve ir até a cidade. De acordo com a instituição, a grande presença de detritos e de esgoto, materiais que foram revolvidos pelo aumento do nível do rio, deve ser a principal causa dos dois fenômenos.