Albatroz-de-sobrancelha deixa lista de espécies ameaçadas de extinção
A ave migratória albatroz-de-sobrancelha (Thalassarche melanophris), que viaja pelos mares do hemisfério Sul, deixou a lista de espécies ameaçadas de extinção. Os animais eram considerados como vulneráveis desde 2003, com uma população estimada em 600 mil casais. O pássaro possui asas negras que se destacam em meio à plumagem branca, e olhos bem marcantes.
Atualmente, o albatroz-de-sobrancelha está na categoria Quase Ameaçada (NT). Os esforços incluem o Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (Planacap), lançado em 2006. Esses pássaros, por serem aves oceânicas, são frequentemente vítimas de captura acidental da pesca industrial. Muitos são arrastados para o fundo do mar e morrem afogados.
Embora tenha saído da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção, a espécie continua como foco do Planacap por persistir a pressão de captura incidental na pesca industrial. Entre as medidas de mitigação do risco estão uma Instrução Normativa elaborada pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Pesca e Aquicultura (MPA). Nela, estão previstas ações como o uso de espantador de aves nas embarcações, bem como o posicionamento adequado de pesos nas linhas de pesca para que afundem mais rapidamente.
Os albatrozes-de-sobrancelha se deslocam de ilhas distantes durante o inverno para buscar alimento no Brasil. Eles são monogâmicos e vivem até 30 anos de idade. Seus alimentos prediletos são crustáceos, peixes e lulas. São frequentemente vistos na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS) e nas Áreas de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba (PR) e Fernando de Noronha (PE).
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