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Ararinha-azul nasce em Berlim com mãe brasileira e pai alemão

Um filhote de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) nasceu na sede da ONG alemã Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados  - Patrick Pleul/DPA
Um filhote de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) nasceu na sede da ONG alemã Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados Imagem: Patrick Pleul/DPA

Do UOL, em São Paulo

15/04/2015 16h44

Um filhote de ararinha-azul da espécie Cyanopsitta spixii nasceu na sede da ONG alemã Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (ACPT, na sigla em inglês), em Berlim, de "mãe brasileira e pai alemão". Esse é o quarto filhote da espécie nascido na instituição, que faz parceria com o Ministério do Meio Ambiente brasileiro para a reprodução da espécie em extinção.

O filhote, nascido em 21 de março, recebeu o nome de Marcus, em homenagem ao veterinário brasileiro Marcus Marques, que ajudou no momento da eclosão do ovo. Seus irmãos Carla e Tiago são filhos de Bonita, a fêmea de propriedade do governo brasileiro, e do macho alemão Ferdinando.

O Ministério do Meio Ambiente recebeu recentemente da entidade alemã um casal de ararinhas-azuis nascidas no criadouro de Berlim que atualmente estão no Nest (sigla para New Ecological Scientific Treatment), um criadouro científico da fauna silvestre para fins de conservação, no interior de São Paulo.

A espécie, que se alimenta de sementes e frutas e usa o bico para escalar e subir em galhos, pode viver de 30 a 40 anos. No entanto é considerada extinta na natureza desde o ano 2000 por causa da caça ilegal e da derrubada de vegetação importante para a espécie.

Atualmente, existem apenas 90 animais em criadouros do Brasil, Alemanha e Catar, sendo 11 deles no Nest. Esse esforço conjunto, empreendido pelos governos brasileiro e alemão, visa a concretizar o retorno dos animais ao Brasil e formar um plantel mínimo de 150 indivíduos para reintroduzi-los na natureza dentro de sete anos.