Topo

Capitão de navio que vazou petróleo e se partiu nas Ilhas Maurício é preso

18/08/2020 15h36

Nairóbi, 18 ago (EFE).- A polícia das Ilhas Maurício prendeu nesta terça-feira o capitão e o imediato do navio que, em 25 de julho, encalhou na costa do país e derramou mais de 800 toneladas de petróleo, antes de se partir em dois, no fim de semana.

O MV Wakashio, de bandeira panamenha e que ia da China para o Brasil, tinha no comando o indiano Sunil Kumar Nandeshwar, e logo abaixo na hierarquia, Tilakara Ratna Suboda, cidadão do Sri Lanka. Ambos foram detidos por "colocar em risco uma navegação segura".

Comandante e imediato, segundo a imprensa local, estiveram hoje no Tribunal de Port-Louis, capital das Ilhas Maurício, onde prestaram depoimento. A expectativa é de que voltem para uma nova audiência na próxima semana.

Até o momento, não há indícios sobre as causas do acidente, que já é considerado o causador do maior desastre ecológico da historia do país.

"Eu já disse toda a verdade e nada mais que a verdade sobre o caso do MV Wakashio", disse no sábado o primeiro-ministro das Ilhas Maurício, Pravind Jugnauth, em resposta às acusações de falta de ação e má gestão da crise.

O chefe de governo ainda garantiu que a justiça local está investigando as causas do incidente e que todas as informações sobre o caso serão tornadas públicas.

No momento do acidente, o MV Wakashio, que vinha da China para o Brasil, sem transportar carga, levava aproximadamente 200 toneladas de diesel e 3.800 toneladas de combustível para consumo próprio. A tripulação, de 20 pessoas, foi toda evacuada.

A região afetada é de recifes de coral, que vinha sendo reabilitada há 15 anos. A área é considerada de grande diversidade marítima e terrestre, com importantes reservas naturais ao longo de poucos quilômetros.