Fridays for Future realiza atos em defesa da Floresta Amazônica na Europa
Em Bruxelas, a concentração aconteceu na frente da sede da Comissão Europeia, que é o órgão político da UE, e contou com a presença de diversos coletivos europeus e latino-americanos.
"O tratado não protegem nem as pessoas, nem o meio-ambiente. A União Europeia sempre disse que o clima é uma prioridade, mas a realidade se pode ver nesses projetos. Não é uma preocupação primária", disse Anne Theisen, que integra o Fridays for Future.
"O que funciona aqui são os interesses econômicos das multinacionais", completou a ativista, que destacou a falta de proteção à Amazônia, com as crescentes queimadas registradas.
Dados apresentados hoje pelos ativistas indicavam o registro de 6.803 focos de incêndios - o dado é do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e se refere ao mês de julho.
"Parece que as multinacionais são livres para fazer o que quiserem. As leis os protegem, e isso não parece justo para nós", garantiu Theisen.
O ato em Bruxelas contou com a participação de representantes dos grupos Terra Brazil, Espírito Mondo, Jovens pelo Clima e até como uma eurodeputada, a socialista belga Marie Arena.
PROTESTO NA EMBAIXADA DA ESPANHA.
Hoje também, grupos se concentraram diante da Embaixada do Brasil na Espanha, em Madri, como parte da convocação lançada pelo Fridays For Future, com a intenção de denunciar os incêndios que devastam a Amazônia.
Ostentando faixas com frases como "SOS Amazônia" e "Sem Amazônia não há futuro", os manifestantes ainda dispararam contra o presidente, Jair Bolsonaro, cobrando que seja interrompida a "política de destruição da floresta amazônica".
Além disso, foram feitos apelos pelo respeito aos direitos dos povos originários, que os ativistas apontam estarem sendo expulsos e deslocados de suas terras "pelos incêndios e pelo avanço do agronegócio".
Os ativistas ainda cobraram que o governo da Espanha defenda o fim do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, já que o pacto promove e facilita a importação de "três produtos responsáveis pela devastação da Amazônia", a carne bovina, a soja que alimenta o gado, e a cana de açúcar usada nos biocombustíveis".
De acordo com os líderes do protesto de hoje, o texto "não prevê nenhum mecanismo de sanção no que diz respeito aos direitos humanos, clima e meio ambiente". EFE
opf-lra-nmi/bg
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