É o Gasparzinho? Expedição nas profundezas encontra criaturas estranhas
Pesquisadores acreditam que ao menos 20 espécies marinhas foram descobertas durante uma expedição no Pacífico. A equipe, liderada pela Schmidt Ocean Institute, esteve em águas próximas à cordilheira submarina de Nazca, a 1.400 quilômetros da costa chilena. O local é considerado área marinha protegida.
O que aconteceu
A expedição durou 28 dias e tinha como propósito mapear a montanha subaquática recém-descoberta. A equipe foi liderada pelo Schmidt Ocean Institute em parceria com o Ocean Census e o Center for Coastal and Ocean Mapping/Joint Hydrographic Center da Universidade de New Hampshire, dos Estados Unidos. Os dados serão incluídos no Projeto Nippon Foundation-GEBCO Seabed 2030.
Durante as pesquisas, a equipe encontrou espécies raras de animais marinhos. Entre elas, estava uma lula Promachoteuthis. Essa foi a primeira vez que o ser humano conseguiu filmar a espécie. Além dela, os pesquisadores também encontraram dois raros sifonóforos de Bathyphysa, que se assemelham a uma água-viva.
E também encontraram animais que acreditam ser novas espécies. Entre eles está um polvo nomeado como Casper, em alusão ao "Gasparzinho". Essa seria a primeira vez que ele foi visto no Pacífico Sul. A equipe acredita que ao todo encontrou 20 novas espécies. No entanto, ainda não detalhou quais seriam esses animais.
Essa foi a terceira expedição realizada na região, que também contempla a cordilheira Salas y Gómez. Duas expedições anteriores, em janeiro e fevereiro, documentaram mais de 150 espécies até então desconhecidas. Antes, sabia-se que 1.019 espécies viviam nesta parte do Oceano Pacífico —agora o número já ultrapassa 1.300.
Ao concluir nossa terceira expedição à região, exploramos cerca de 25 montes submarinos nas cordilheiras de Nazca e Salas y Gómez. As nossas descobertas destacam a diversidade notável destes ecossistemas, ao mesmo tempo em que revelam as lacunas na nossa compreensão de como os ecossistemas dos montes submarinos estão interligados. Esperamos que os dados obtidos nestas expedições ajudem a subsidiar futuras políticas, salvaguardando estes ambientes intocados para as próximas gerações.
Tomer Ketter, cocientista-chefe e técnico marinho do Schmidt Ocean Institute
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