'Peixe cobra': Autoridades dos EUA pedem decapitação de espécie invasora

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O peixe cabeça-de-cobra (Channa argus), ou "northern snakehead - em inglês", uma espécie invasora, tem causado preocupação ambiental no estado do Missouri, nos Estados Unidos. Uma das instruções das autoridades é a decapitação do bicho.
O que aconteceu
Departamento de Conservação do Missouri (MDC), nos Estados Unidos, emitiu comunicado sobre a espécie. "A captura, venda, compra, posse, importação e exportação da espécie são proibidas em todo o estado. Caso seja capturado ou avistado, o animal deve ser imediatamente reportado às autoridades locais", diz o alerta.
Esse peixe representa uma das mais novas ameaças invasoras à biodiversidade do Missouri. Eles se parecem com o peixe nativo bowfin, então é importante fazer a identificação correta Angela Sokolowski, ecologista de espécies invasoras do MDC
O MDC indicou o que os moradores locais devem fazer caso encontrem a espécie. O órgão alertou que, caso sejam encontrados, não se deve devolvê-los aos rios, já que eles podem se deslocar para outros locais.
Outra instrução é a eliminação do animal aquático. Eles sugerem que a cabeça deve ser cortada, "retirando os órgãos internos ou colocando-o em um saco plástico bem fechado". Caso os cidadãos tenham dúvidas, podem tirar uma foto e enviar para um telefone disponibilizado pelo MDC ou pelo site oficial do órgão.

Originário da Ásia, o peixe cabeça-de-cobra pode crescer até 90 centímetros. Ele tem aparência semelhante à de uma cobra, com padrões que lembram a pele de uma píton. O primeiro registro do peixe no Missouri aconteceu em 2019.
Espécie pode ser confundida com o nativo bowfin, conhecido como "peixe cabeça-de-arco". A principal diferença está na nadadeira anal, bem mais longa no invasor.

Peixe cabeça-de-cobra consegue sobreviver em ambientes com pouca oxigenação e respirar ar atmosférico. Isso lhe dá a vantagem de sobreviver fora da água por alguns dias, embora sua pele precise permanecer úmida. Além disso, ele também consegue se arrastar por terra em busca de novos ambientes aquáticos.
É um predador nato e compete com espécies nativas por alimento e habitat. "Esses peixes são extremamente invasivos e podem reduzir as populações de espécies esportivas que os moradores do Missouri tanto gostam de pescar. Relatos de pescadores são essenciais para monitorar a presença dessa espécie", explica Sokolowski.
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