15 cm de fofura: conheça o menor macaco do mundo, que vive na Amazônia

Com cerca de 15 cm e pesando um pouco mais de 100 gramas, o sagui-pigmeu, também conhecido como pygmy marmoset, é reconhecido como o menor macaco do mundo.

O que aconteceu

Sagui-pigmeu pertence ao gênero Cebuella e à família Callitrichidae. Seu tamanho adulto é de cerca de 15 cm, com um peso médio de 100 a 120 gramas. Vive nas copas das árvores, onde salta com agilidade e se esconde com facilidade entre os galhos.

Nativo da Amazônia, ele vive escondido entre galhos e troncos das árvores. Onívoro, lá, ele encontra seu alimento favorito: a goma que escorre da casca das árvores.

O macaco da espécie pygmy marmoset mede apenas 15 centímetros
O macaco da espécie pygmy marmoset mede apenas 15 centímetros Imagem: Neil Ever Osborne

Ele gosta de comer a resina pegajosa encontrada na casca das árvores, conhecida como goma. Eu nunca tinha visto um antes, e a ideia de um macaquinho comedor de goma parecia improvável. Mas até as formas de vida mais improváveis encontram um jeito de sobreviver Stella De la Torre, ecóloga da Universidade San Francisco de Quito, à revista Smithsonian

Para extrair a goma, o menor macaco do mundo perfura a casca com os dentes. Assim, ele cria pequenos buracos que exsudam o alimento. A espécie também caça insetos e se alimenta de frutas.

Vida em família

Saguis-pigmeus vivem em grupos familiares com cerca de seis membros. Os filhotes normalmente nascem em pares e são cuidados por toda a família.

Continua após a publicidade

Eles são incrivelmente cooperativos: os filhotes geralmente nascem em pares, são amamentados pelas mães, carregados pelos pais e vigiados pelos irmãos. Vivem em grupos familiares com cerca de meia dúzia de indivíduos, até que os jovens adultos saem em busca de um parceiro Stella De la Torre, ecóloga

Cada grupo possui dialetos próprios. Usam trinados, assobios e chamados que variam em duração e frequência.

Quando bebês, os saguis-pigmeus balbuciam como os bebês humanos, tanto para chamar a atenção dos pais quanto para aprender o dialeto do grupo. Raramente comem frutas, mas caçam insetos, e durante o forrageio se comunicam com sons contínuos pelas copas das árvores Stella De la Torre, ecóloga

Os saguis-pigmeus têm os "bigodes" brancos característicos da espécie e listras verticais
Os saguis-pigmeus têm os "bigodes" brancos característicos da espécie e listras verticais Imagem: Neil Ever Osborne

Já na fase adulta, usam diferentes sons para se comunicar à distância. Eles fazem alertas sobre perigos e ainda interagem com os membros próximos.

Continua após a publicidade

Onde o menor macaco do mundo vive? Os saguis-pigmeus são encontrados em países como Brasil, Peru, Equador e Colômbia. Eles vivem em florestas tropicais densas, principalmente próximas a rios e áreas de mata fechada.

Duas espécies diferentes

Estudo de 2021 confirmou que existem duas espécies distintas. Tratam-se de Cebuella pygmaea (norte da Amazônia, incluindo partes do Equador e Colômbia) e Cebuella niveiventris (encontrado no Peru, Brasil e sul do Equador).

As análises indicam que as duas subespécies reconhecidas de sagui-pigmeu devem ser elevadas ao nível de espécies (Cebuella pygmaea e Cebuella niveiventris), com base em diferenças moleculares e cranianas, mas não nos padrões da pelagem Pesquisa publicada em 2021

Antes, pesquisadores acreditavam que elas podiam ser diferenciadas pela pelagem. Porém, o estudo recente provou que isso só é possível por meio do DNA mitocondrial e da estrutura craniana.

Sagui-pigmeu está entre as espécies ameaçadas de extinção
Sagui-pigmeu está entre as espécies ameaçadas de extinção Imagem: Neil Ever Osborne

O sagui-pigmeu corre risco de extinção. Está listado como vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Entre as principais ameaças estão: o desmatamento da Amazônia, o tráfico ilegal de animais silvestres e a perda de habitat natural.

Continua após a publicidade

É fundamental estudar melhor cada espécie para desenvolver planos de manejo mais eficazes para sua proteção Leila Porter, antropóloga biológica da Northern Illinois University (NIU)

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.