Sábado, 10/05/2025 |  | | | |  | Marina Ramos/Câmara dos Deputados |
| Motta tenta tomar a anistia das mãos de Alcolumbre | | Thais Bilenky e José Roberto de Toledo |
| O presidente da Câmara, Hugo Motta, iniciou uma disputa com o Senado pela condução do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Na segunda-feira, Motta convocou uma reunião com líderes partidários para discutir a possibilidade da Câmara tramitar um projeto de anistia, algo que ele chamou de "anistia modulada".
O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas. Ouça aqui. A movimentação surpreende porque, até a semana passada, o protagonismo estava nas mãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que havia negociado com ministros do Supremo um projeto que previa a absorção de um crime pelo outro para amenizar as penas dos condenados pelo 8 de janeiro. Agora, com essa iniciativa, a Câmara de Hugo Motta parece enviar um recado claro: "espera aí, a gente também tem aqui... Quem manda aqui sou eu". |
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| Publicidade |  | |  | Ton Molina - 23.abre.25/FotoArena/Estadão Conteúdo |
| Crise do INSS aumenta bateção de cabeça no governo | | Thais Bilenky e José Roberto de Toledo |
| A demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, presidente do PDT, em pleno feriado prolongado de 1º de maio, não conseguiu conter os estragos da crise do INSS e evidenciou a falta de coordenação entre ministros do governo Lula. Mesmo sendo um partido com peso político eleitoral pequeno na Câmara dos Deputados, responsável por menos de 5% dos votos do governo, a saída de Lupi gerou várias crises simultâneas. Para substituí-lo, Lula optou por deixar como titular o número 2 do ministério, Wolney Queiroz, um ex-deputado federal mais ligado ao presidente. |
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|  | Marcelo Oliveira/Raspress/Estadão Conteúdo |
| Tarcísio ganha batalha no Supremo e simpatia do centrão | | Thais Bilenky e José Roberto de Toledo |
| O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teve uma semana positiva em diferentes frentes. Enquanto o governo federal enfrentava crises, o ex-ministro de Bolsonaro conquistou uma importante vitória no Supremo Tribunal Federal relacionada às câmeras corporais da Polícia Militar e viu seu nome ganhar força como possível candidato à Presidência para 2026. Tarcísio conseguiu fechar um acordo no STF com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo e entidades da sociedade civil sobre as câmeras nas fardas dos policiais. Em dezembro passado, o presidente do Supremo, ministro Barroso, havia concedido uma liminar suspendendo a execução de um contrato do governo paulista com a Motorola para substituir as câmeras existentes. Ao mesmo tempo, cresce a especulação sobre uma possível chapa presidencial bolsonarista para 2026 encabeçada por Tarcísio, tendo Michelle Bolsonaro como vice. O deputado Filipe Barros (PL-PR), embora ainda defenda a candidatura de Bolsonaro, já faz menções positivas a Tarcísio, indicando uma sutil mudança de discurso entre os que antes insistiam não haver plano alternativo ao ex-presidente. O PL tem encomendado pesquisas para medir a viabilidade eleitoral de Tarcísio e Michelle, esta última sendo testada com mais frequência que os próprios filhos de Bolsonaro. Esses movimentos são interpretados como resultado da pressão do centrão para que Bolsonaro apoie Tarcísio. Lideranças do bloco têm sinalizado que, se Bolsonaro insistir em apoiar o filho Eduardo, poderiam mudar de lado. Embora ainda sejam sinais sutis, indicam uma possível reconfiguração do campo conservador para as próximas eleições presidenciais. Enquanto o governo federal acumula crises e oportunidades perdidas por falta de coordenação, o governador paulista consolida sua posição e amplia suas perspectivas políticas, dando maior esperança ao campo bolsonarista para recuperar espaço no cenário nacional. |
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|  | Bruno Spada/Câmara dos Deputados e Fabio Rodrigues/Agência Brasil |
| Os caras-pintadas e enrugadas se reencontram em lados opostos da Câmara | | Thais Bilenky e José Roberto de Toledo |
| Mais de 30 anos após os protestos que levaram ao impeachment de Fernando Collor, dois antigos caras pintadas ocupam posições de destaque na atual crise política, embora em lados opostos do espectro ideológico. Os deputados federais Lindbergh Farias, líder do PT, e Sóstenes Cavalcante, líder do PL, compartilham um passado que poucos lembram e hoje negociam os rumos da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Em 1992, Lindbergh Farias era presidente da União Nacional dos Estudantes. De origem paraibana, ele havia se mudado para o Rio de Janeiro e liderou o movimento dos caras-pintadas que protestaram contra Collor. Este episódio se tornaria seu grande impulso na política, permitindo que construísse uma carreira como deputado federal, prefeito e senador pelo Rio de Janeiro. Já Sóstenes Cavalcante, natural de Maceió, mas com passagens por diversos lugares, vivia em Ituiutaba, Minas Gerais, e integrava a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). Cinco anos mais novo que Lindbergh, participava da militância estudantil e, como admite, tinha posições de esquerda naquela época. Três décadas depois, os caras-pintadas voltam ao poder, um pouco mais enrugados, mas ainda capazes de moldar o futuro político do país. |
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| Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky | | A Hora é o podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube. Na TV, é exibido às 16h. O Canal UOL está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.
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