"Esta é a verdade: Israel busca a paz". Foi com essas palavras que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, introduziu seu discurso diante da Assembleia Geral da ONU, na última sexta-feira (27). Mas menos de uma hora depois de deixar o prédio da ONU, escoltado por um aparato militar que cruzava Nova York, ele deu ordens para matar Hassan Nasrallah, líder histórico do Hezbollah, no Líbano. Aquela não seria só uma ordem de assassinato. Mas a confirmação de que ele estava redesenhando o mapa político do Oriente Médio. Entre negociadores e fontes na região, a percepção é de que o governo de Netanyahu entendeu que tem uma oportunidade única em gerações de promover uma mudança profunda nos contornos das relações de poder. |