Moçambique vive um terremoto político e social que ameaça colocar em questão a própria estrutura de um Estado já fragilizado, inclusive por abalos climáticos. Nos últimos dias, a violência num dos países mais pobres do mundo já fez mais de cem mortos e abriu um debate sobre a validade das eleições realizadas em outubro. O pleito era um teste para a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), o movimento que liderou a independência do país nos anos 70 e que, deste então, ocupa o governo. Daniel Chapo era o candidato do governo, contra o pastor evangélico Venâncio Mondlane. |