Mestre da manipulação de vídeos editados para expor rivais ao ridículo nas redes sociais, Pablo Marçal exagerou na maestria. Afagou Tabata Amaral no debate UOL-Folha. Disse que, abandonando o esquerdismo, a candidata seria sua secretária da Educação, porque é "brilhante" nessa área. Parecia decidido a seduzir o eleitorado de uma adversária que rala no segundo pelotão da corrida à prefeitura de São Paulo. De repente, fustigado por Tabata, Marçal evoluiu da delicadeza para a grosseria tradicional. Desferiu algo muito parecido com um tiro de bazuca no próprio pé. "Tabata, se mulher votasse em mulher, você ia ganhar no primeiro turno", disparou. "A mulher não vota em mulher, mulher é inteligente." Com esse par de frases, o franco-atirador da campanha presenteou os adversários com um auto-ataque, um anti-recorte. |