Aos poucos, a infecção das emendas parlamentares ganha um aspecto de septicemia. O Congresso aprovou nesta quinta-feira proposta que ignora a transparência exigida pelo Supremo Tribunal Federal. O texto manteve as antigas emendas secretas. Padrinhos das verbas agora ficarão escondidos atrás da assinatura dos líderes partidários, que subscreverão parte dos R$ 50 bilhões reservados para o pagamento das emendas. O placar evidenciou a disseminação do vírus da desfaçatez. Na Câmara, a obscuridade foi aprovada por 361 votos a 33. No Senado, o breu prevaleceu por 64 a 3. O escárnio tornou-se ostensivamente suprapartidário. |