Será que eu, Reinaldo Azevedo, acho que o STF sempre acerta, como acusam alguns tontos? Não. E tenho para prová-lo o que já escrevi. Um exemplo? Talvez uma centena de textos contra a proibição da doação de empresas a campanhas. Minha tese, que está em todo canto, desde 2015: vai estimular o caixa dois e incrementar a presença do crime organizado na política porque este tem dinheiro vivo não rastreável. Bingo! Opa! Se pareceu trocadilho, foi sem querer. Mas eu sou do tipo que sempre presta atenção, também, em quem está fazendo a crítica, não é? Bugalho não passa a ser alho, ou o contrário, a depender da moralidade de quem faz a afirmação. Mas calma lá! A ignorância pauta o de boa-fé, e a safadeza, o de má-fé, ainda que ambos sustentem uma inverdade, certo? E, por óbvio, a bonomia não faz do bugalho uma cabeça de alho. Às vezes, é preciso seguir o provérbio: "Verba mouent, exempla trahunt" — "as palavras movem, os exemplos arrastam." |