A muitos parecerá coisa de menor importância nestes tempos estúpidos, mas não é. O STJ, por intermédio de um voto impecável do ministro Og Fernandes, rejeitou a tese do "racismo reverso" num caso em que um homem negro, sentindo-se lesado numa questão trabalhista, chamou o empregador de "escravista, cabeça branca europeia". O Ministério Público de Alagoas pediu a abertura do processo para investigar a "injúria racial" do negro contra o branco". Parece piada ou pegadinha, mas é verdade. Fernandes, corretamente, observou que o crime de injúria racial protege grupos historicamente subalternizados: "Não é possível acreditar que a população brasileira branca possa ser considerada como minoritária. Por conseguinte, não há como a situação narrada nos autos corresponder ao crime de injúria racial". |