Xi Jinping reagiu hoje ao anúncio de aumento de tarifas feito por Trump em relação a produtos chineses. Anunciou taxação sobre carvão, gás natural, petróleo e equipamentos agrícolas dos EUA, bem como uma investigação sobre o Google, a inclusão de empresas norte-americanas em uma lista de não confiáveis. Disse ainda que vai controlar a exportação de alguns produtos estratégicos para a América trumpista. "Trump atirou primeiro e a esmo, impondo tarifa de 10% sobre todas as exportações da China. Em resposta, Xi sacou a arma. Mas desenhou a trajetória da bala antes de puxar o gatilho. Seletivo, mirou nos interesses mais estratégicos do rival", avalia Josias de Souza. O Brasil, por enquanto, tenta se esquivar do tiroteio, segundo Raquel Landim, em comentário no UOL News. Hélio Schwartsman vê na atitude do presidente dos EUA uma estratégia bruta de negociação que pode dar resultado no curto prazo, mas que, ao dissolver o soft power construído ao longo dos anos pelo país, deve trazer consequências ruins no futuro. "Nenhum país baterá de frente contra os EUA, mas vários vão procurar caminhos sem os americanos, o que, no longo prazo, é ruim para Washington", escreve. |