Quinta-feira, 05/09/2024 | | | | | Tomás Covas, filho de Bruno Covas, ao lado de Ricardo Nunes (MDB) | Reprodução |
| Nunes se recupera, e Boulos mantém leve vantagem no Datafolha | | | Estimadas leitoras e leitores, Trazemos esta newsletter especial para que você tenha o mais quente da campanha de São Paulo no dia de hoje. E o resultado da pesquisa Datafolha desta quinta, que mostra uma recuperação do prefeito Ricardo Nunes (MDB), é uma amostra de como a eleição na capital paulista está disputada palmo a palmo. A pesquisa, feita com 1.204 pessoas ouvidas entre terça e quarta (3 e 4), trouxe um alento ao prefeito, que passou de 19% das preferências do eleitorado para 22% no levantamento divulgado hoje, e segue firme na disputa, empatado, tecnicamente, com Guilherme Boulos (23%) e Pablo Marçal (PRTB) 22%. Marçal cresceu um ponto porcentual, de 21% para 22%, em comparação à pesquisa anterior, feita entre os dias 20 e 21 de agosto, ou seja, se manteve dentro da margem de erro de três pontos (para baixo ou para cima). O resultado pode estar confirmando um teto da estratégia do influenciador — quem acompanha esta newsletter, preparada com o time de Política de UOL, já tinha lido antes que a autoconfiança de Marçal podia ser seu trunfo e também seu ponto fraco. E, de fato, a rejeição ao influenciador passou de 34% para 38%. No primeiro levantamento, feito entre os dias 7 e 8, ele tinha 30%. Camaleônico, o empresário apresentou uma versão moderada em sua entrevista ao UOL e ao jornal Folha de S. Paulo nesta terça (leia abaixo). Boulos manteve os 23%, o que confirma a blindagem de seus eleitores da base lulista. Correndo por fora, está Tabata Amaral (PSB) que passou de 8% para 9%, e ultrapassou José Luiz Datena (PSDB) que passou de 10% para 7% nesta semana. O resultado é emblemático, uma vez que o apresentador seria vice de Tabata, mas acabou convencido pelos tucanos a assumir a cabeça da chapa do partido, numa esperança da legenda de retomar o protagonismo de outrora. O Datafolha mostra que Ricardo Nunes cresceu entre o eleitorado mais pobre — saiu de 18% para 28% — num momento em que a propaganda eleitoral entrou firme na casa dos paulistanos pela tradicional televisão. E não perca nenhum lance desta disputa. Nesta sexta, o prefeito Ricardo Nunes será entrevistado às 15h00 pelas jornalistas Fabíola Cidral e Raquel Landim, do UOL, e pelo editor Fábio Haddad, do jornal Folha de S. Paulo, dentro do ciclo de sabatinas realizadas com os candidatos. Tabata Amaral foi sabatinada nesta quinta, e Pablo Marçal, na terça (leia abaixo). Na segunda-feira, será a vez de Guilherme Boulos ser sabatinado, às 9h00 da manhã, e no dia 13 de setembro será a vez de José Luiz Datena, às 10h00 da manhã. Boa leitura! Equipe de Política do UOL |
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| Publicidade | | | | Tabata Amaral (PSB), em sabatina UOL/Folha | Reprodução de vídeo / Youtube UOL |
| 'Bandido se enfrenta, doente se acolhe', diz Tabata, sobre 'cracolândia' | | A candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) disse hoje, em sabatina UOL/Folha, que trabalharia para congelar a tarifa de ônibus nos quatro anos de gestão, caso seja eleita. Ela afirma que o subsídio para manter o preço da passagem é necessário num momento em que o crime organizado financia o transporte público em São Paulo. Tabata também prometeu que acabaria com as 72 'cracolândias' da cidade em quatro anos, por meio de uma força tarefa para, de um lado, prender os bandidos e, de outro, acolher os dependentes. Tabata afirmou que é preciso fechar hotéis e ferro-velhos usados pelo crime organizado. "É um sistema econômico. A gente precisa mapear como o crack entra, como o dinheiro sai. Tem hotel envolvido? Tem. Tem ferro-velho envolvido? Tem. Esses lugares têm que ser fechados, não existe outra alternativa. Tem agente público envolvido? Infelizmente sim. Uma minoria, mas que está lucrando em cima dessa miséria que a gente vê", comentou. Ela citou que o crime organizado lucra "acima de R$ 200 milhões" O fim da "cracolândia" em quatro anos parece uma meta ousada, segundo especialistas ouvidos pelo UOL. Em Nova York, cidade que Tabata diz ser referência na segurança pública, levaram dez anos para a implementação do Compstat [modelo de prevenção da criminalidade], explica Rodolfo Olivo, professor da FIA Business School. "O plano de governo de Tabata Amaral é o mais completo, mas precisa ser detalhado, em orçamento, quanto custa e viabilidade das propostas", diz ele. |
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| | Pablo Marçal em sabatina UOL/Folha | Reprodução/YouTube |
| Marçal: propostas de governo inviáveis em 4 anos e brecha para sair em 2026 | | O candidato Pablo Marçal (PRTB) apresentou metas ousadas em seu plano de governo, como levar a matéria de inteligência emocional para as salas de aula, centros olímpicos para a periferia e triplicar a guarda civil metropolina. Mas admitiu que algumas de suas propostas para a cidade não devem ser cumpridas em quatro anos. Ao mesmo, ele deixa em aberto se, caso seja eleito, não deixaria o cargo em 2026 para disputar Presidência da República. O ex-coach tratou parte das suas próprias propostas como "sonhos" e reforçou discurso de mudança de "mentalidade" para resolver problemas da cidade. Uma delas é a proposta de mutirão para que os próprios moradores construam casas. Ele também afirmou que a prefeitura tem imóvel "suficiente para fazer permuta, para fazer as casas de apoio, para trocar em áreas que hoje estão embargadas" — proposta semelhante à de Guilherme Boulos (PSOL), opositor de Marçal, que pretende dar uso público a imóveis vazios da prefeitura. Marçal disse que "tem que mudar a lei, o plano diretor" para construir o prédio de um quilômetro de altura, projeto que consta em seu plano de governo. "Esse é um presente para o povo. Por quê? Disrupção da construção civil, geração de emprego absurda. Esse prédio eu quero que seja na zona sul, no meio da periferia, para valorizar sua área, o terreno onde você mora", afirmou. O coordenador do Centro de Estudos da Cidade do Insper, José Police Neto, diz que a proposta, por ora, é superficial. |
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