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| | | | Ação da locadora Movida acumula ganhos no ano; é uma boa oportunidade? | | Nesta semana, o destaque na newsletter A Companhia fica por conta da Movida (MOVI3), escolhida pelo time de Research do PagBank. A corretora destaca que as locadoras de veículos ganharam bastante visibilidade na Bolsa brasileira nos últimos anos, devido a mudanças na mentalidade de consumo do brasileiro, que não tinha o hábito de alugar carro. "Outro ponto que também alavancou o setor de locação foi o aumento no número de motoristas de Uber, que viam no aluguel uma possibilidade de trabalhar no aplicativo sem a necessidade de possuir um carro próprio." A equipe de análise do PagBank lembra que existem três empresas desse setor listadas na B3: Movida (MOVI3), Unidas (LCAM3) e Localiza (RENT3). Todas essas ações acumulam valorização no ano, até 28 de abril, porém o destaque maior fica com a Movida, que sobe 15% no intervalo. Saiba mais sobre a Movida A companhia foi fundada em 2006, porém sua história mudou quando foi adquirida pelo Grupo JSL, hoje chamado de Simpar (SIMH3), em 2013. Desde então, a empresa vem evoluindo consideravelmente, tornando-se um dos principais players do segmento. A Movida atua em três frentes, sendo o aluguel de carros para pessoa física a mais conhecida - identificada como RAC (rent-a-car). Outro segmento é o GTF (gestão e terceirização de frotas), que consiste no aluguel de veículos para empresas e representa um dos negócios mais importantes para o grupo, pois possui as maiores margens de ganho e uma boa previsibilidade de receita. Por fim, a empresa vende modelos seminovos, atividade cujo objetivo não é a geração de lucro, mas sim a renovação da frota operacional de veículos com custo mais baixo. PUBLICIDADE | | | Por que as ações da Movida são uma oportunidade para investir? | O PagBank lembra que, recentemente, houve uma forte alta nos preços de veículos novos e seminovos, impulsionada pela falta de semicondutores no mundo. Isso motivou muitas pessoas e empresas a buscarem o serviço de locação de carros e frotas, acelerando a tendência de mudança de hábito do brasileiro em relação ao carro próprio, segundo o banco. A alta da taxa básica de juros (Selic) também afastou os consumidores do financiamento automotivo, fazendo com que a demanda por carros de aluguel crescesse, afirma a instituição. Outro ponto positivo para a Movida é sua capacidade de repassar custos para os clientes, diz o PagBank, fazendo com que o efeito da inflação seja menor sobre seus negócios. A companhia também se beneficia da alta do preço dos carros usados, pois compra sua frota nova com desconto diretamente das montadoras e revende seus seminovos por valores mais altos. O time de Research do PagBank destaca ainda que as três principais empresas do segmento possuem pouco mais de 60% do mercado, enquanto o restante é fragmentado entre as pequenas locadoras. Para os analistas, no longo prazo, as líderes podem continuar crescendo com a compra de concorrentes de menor tamanho, aumentando a concentração de mercado. Pontos a favor - Capacidade de repassar custos;
- Possibilidade de crescimento orgânico (inaugurações de lojas) e inorgânico (aquisições de concorrentes);
- Foco na rentabilidade;
- Crescimento do segmento de gestão e terceirização de frotas, com maior previsibilidade de resultados.
Pontos contra - Crise nos semicondutores pode fazer com que a empresa tenha dificuldades em renovar a frota;
- Hábito do consumidor pode mudar novamente;
- Entrada das próprias montadoras como competidoras;
- Setor de capital intensivo.
| A ação está barata ou cara? | De acordo com o time de Research do PagBank, a ação da Movida (MOVI3) pode ser uma boa oportunidade de compra, pois está relativamente barata. A análise tem como base os seguintes indicadores: Preço-alvo: a instituição projeta um valor de R$ 26 para a ação da companhia até o fim do ano. Como o papel fechou cotado a R$ 17,95 no dia 28 de abril, a interpretação é de que existe um potencial de valorização de 45%. O cálculo indica o valor que o analista considera que a ação vai atingir em determinado tempo. É o principal referencial usado para determinar a recomendação para uma companhia, que pode ser de compra, venda ou neutra (nem comprar, nem vender). Preço/lucro: as ações da Movida estão sendo negociadas atualmente a um P/L de 7,8 vezes, um dos mais baixos de sua história e bem inferior à média de 21,33 vezes. O índice mostra a relação entre o preço do papel em Bolsa e o lucro da companhia. Quanto maior, mais cara está a ação. EV/Ebitda: está em 6,42 vezes -também abaixo da média, de 10,30 vezes. O índice aponta o valor da empresa em relação à geração de caixa. Margem líquida: a Movida apresentou uma margem líquida de 15,37% no balanço financeiro de 2021 -um patamar recorde, bem acima da média de 7,18%. O cálculo representa a porcentagem do lucro líquido em relação à receita total da companhia. | Para quem é indicada esta ação? | A equipe de análise do PagBank recomenda as ações da Movida para investidores com visão de longo prazo, já que a empresa tem como foco o crescimento de maneira orgânica e inorgânica. Quais são as perspectivas no médio e longo prazo? Mesmo com a recente fusão entre as concorrentes Localiza e Unidas, o time de Research do PagBank acredita que as ações da Movida terão um bom desempenho no médio e longo prazo. A instituição lembra que a companhia tem como objetivo a execução operacional e possui foco na rentabilidade, "permitindo uma postura mais conservadora em momentos desfavoráveis, em vez de apostar no crescimento a qualquer custo", o que dá segurança maior aos acionistas. "Também entendemos que o setor de locação e a economia circular devem seguir crescendo nos próximos anos, aumentando o seu número de clientes e, consequentemente, a sua receita [da Movida]." | | | Divulgação/PagBank |
| | | | Análise gráfica | Segundo o time de Research do PagBank, o gráfico mensal das ações da Movida indica um momento de atenção, pois os preços estão oscilando entre as médias recentes (R$ 16,93 a R$ 17,32) - tentando retomar fôlego para subir para o patamar de R$ 19,50. "Para dar continuidade ao movimento de alta, é necessário fechar acima da faixa de R$ 19,50, para depois mirar a casa de R$ 23,10", diz a instituição. Segundo a equipe da corretora, o investidor deve ficar atento também a eventuais quedas. Caso o papel feche abaixo de R$ 12,90, existe a possibilidade de haver um fluxo de venda, invertendo o cenário de alta em prazos mais longos. Isso abriria espaço para uma desvalorização maior das ações, inicialmente para a faixa de R$ 10 e, posteriormente, para R$ 6,82. | | | |
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