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| | | | Dona do Ibmec e da Estácio é alternativa para investir em educação via Bolsa | | O destaque da semana na newsletter A Companhia é a Yduqs, um dos maiores grupos de educação do país, selecionada por Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa Investimentos. Ele lembra que, nos últimos anos, o setor educacional passou por grandes desafios, que exigiram profundas transformações nas empresas. As mudanças nas regras do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), seguidas pela pandemia de Covid-19, afetaram consideravelmente a captação de alunos presenciais. Tal movimento adiantou o processo de digitalização, tornando o ensino a distância (EAD) um segmento importante e criando oportunidades, diz Serra. Outro efeito, segundo o especialista, foi a evolução dos chamados cursos premium (como medicina), que ganharam relevância para a maioria das companhias. "Nesse cenário, acreditamos que a Yduqs está muito bem posicionada para surfar as vias de crescimento do setor." A companhia obteve lucro líquido de R$ 76 milhões no primeiro trimestre, com alta de 75,9% no comparativo anual. O balanço relativo ao período de abril a junho será divulgado em 15 de agosto. Após queda de 37,5% em 2021, as ações da Yduqs (YDUQ3) acumulam perda de 27,6% neste ano, até 4 de agosto. Saiba mais sobre a Yduqs A holding Yduqs tem cerca de 1,3 milhão de alunos e está entre os maiores grupos privados de educação superior do Brasil. É dona de marcas como Estácio, Ibmec e Idomed. A companhia se estrutura a partir de três grandes unidades de negócios: ensino premium - cursos de medicina e do Ibmec, uma das principais escolas de negócios do país; digital, que reúne o maior número de alunos; e presencial, cujo portfólio abrange todas as áreas do conhecimento, com alcance nacional. PUBLICIDADE | | | Por que as ações da Yduqs são uma oportunidade para investir? | Serra diz que, apesar de enxergar o segmento de ensino presencial como o de menor potencial de melhora dos resultados da empresa no longo prazo, 2022 está sendo o primeiro ano sem efeitos adversos na captação de alunos. É também o primeiro com a volta às aulas sem restrições de capacidade. "Acreditamos que a Yduqs está bem posicionada para captar essa demanda represada, como já fez no primeiro trimestre, surpreendendo positivamente o mercado, após fazer investimentos acertados em marketing" Pedro Serra Ele cita também o avanço nos serviços de educação a distância da Yduqs, cujos investimentos em sua plataforma de ensino tem surtido efeito. A base de alunos nesse segmento cresceu em média de 37% ao ano, sem contar a categoria chamada "lifelong learning" ou "aprendizado para a vida toda". "O modelo EAD possui margens melhores pela maior eficiência da operação, fazendo com que o ganho de share [participação] dentro dos resultados da companhia melhore as margens de lucro no consolidado", afirma o especialista. De acordo com ele, mesmo com o forte crescimento visto nos últimos anos, o setor ainda tem espaço para se desenvolver. Serra acredita ainda que o segmento premium da Yduqs está em maturação, com demanda crescente e resiliente - sobretudo para o curso de medicina, cuja procura tende a se sustentar por um longo período. Pontos a favor - Companhia tem uma das três maiores bases de alunos no ensino a distância do país (excluindo o "lifelong learning") e figura em segundo lugar em termos de alunos presenciais;
- Nos três primeiros meses do ano, a participação dos segmentos premium e digital nos resultados já alcançava 53% da receita e 68% da geração operacional de caixa medida pelo Ebitda.
Pontos contra - Queda nas margens de lucro do setor nos últimos trimestres, por causa da forte disputa na captação de alunos, sobretudo no segmento digital, o que pode afetar os resultados no longo prazo;
- Risco de eventual mudança na regulação dos fortes incentivos fiscais existentes atualmente no setor.
| A ação está barata ou cara? | A Ativa tem recomendação de compra para os papéis da companhia (YDUQ3), com base nos seguintes indicadores: Preço-alvo: a corretora projeta um valor de R$ 28 para a ação da empresa até o fim do ano. Como o papel fechou cotado a R$ 14,88 no dia 4 de agosto, a interpretação é de que existe um potencial de valorização, de 88%. O cálculo indica o valor que o analista considera que a ação vai atingir em determinado tempo. É o principal referencial usado para determinar a recomendação para uma companhia, que pode ser de compra, venda ou neutra (nem comprar, nem vender). EV/Ebitda: está em 5,5 vezes, abaixo da média dos últimos cinco anos, de 7,9 vezes. O índice aponta o valor da empresa em relação à geração de caixa. Quanto menor, melhor. Dívida líquida/Ebitda: está em 1,7 vez, um patamar bem mais confortável que os das concorrentes Cogna e Ânima, com 4,8 vezes e 4 vezes, respectivamente. "Isso permite à companhia ser mais agressiva em operações de fusões e aquisições, caso deseje", afirma Serra. O índice reflete o nível de alavancagem de uma empresa, medido pelo endividamento total, menos caixa, dividido pela geração operacional de recursos. Quando menor, melhor. | Para quem é indicada esta ação? | A equipe de análise da Ativa pondera que, recentemente, os papéis da Yduqs têm apresentado alta volatilidade. Com isso, são recomendados para investidores com foco em horizontes mais longos, para os quais a corretora vê um cenário positivo para a companhia. Quais são as perspectivas no médio e longo prazo? Serra avalia que, embora recentemente a Yduqs tenha registrado um aumento expressivo no custo de capital, suas ações estão bastante baratas, principalmente quando se leva em conta os múltiplos citados anteriormente, frente aos valores históricos. "Além disso, vemos melhores perspectivas de crescimento do que nos últimos anos", afirma o especialista. | | | Reprodução |
| | | | Análise gráfica | Segundo Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa, as ações da Yduqs (YDUQ3) apresentam atualmente tendência de baixa. Ele diz que o papel ensaiou uma reação no início de julho, quando uma "força compradora" impediu que as cotações caíssem abaixo de R$ 12,70 e, posteriormente, impulsionou o preço para R$ 15,45. "Para que tenhamos novos alvos para cima, o papel precisa romper esta região dos R$ 15,45", afirma o especialista. Se isso acontecer, ele acredita que a tendência negativa de médio prazo pode ser revertida. Com isso, haveria espaço para que as ações se valorizassem até o patamar de R$ 18,25, passando depois para R$ 22,39 e podendo atingir R$ 35,74. | | | |
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