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| | | | Rede D'Or, líder em hospitais, tem queda em lucro e ações; vale investir? | | O destaque da semana na newsletter A Companhia é a Rede D'Or, maior grupo integrado de cuidados em saúde do país, selecionado por Victor Bueno, analista da Nord Research. Ele destaca que a empresa já anunciou 17 aquisições de hospitais no Brasil desde sua estreia na Bolsa, em dezembro de 2020, o que representa o acréscimo de 2.213 leitos - aumentando as perspectivas de crescimento de receitas nos próximos anos. Pelos números de junho, a posição de caixa da Rede D'Or é de aproximadamente R$ 14 bilhões. "O valor é suficiente para mantermos a confiança de que a companhia continuará em ritmo acelerado, buscando novas aquisições, o que aumentará o potencial de entrega de resultados no longo prazo." A empresa divulgou lucro líquido de R$ 358,4 milhões relativo ao segundo trimestre, com queda de 25% no comparativo anual, em função principalmente da piora no resultado financeiro. Após desvalorização de 33% em 2021, as ações da Rede D'Or (RDOR3) acumulam perda de 23,7% neste ano, até 2 de setembro, segundo informações do TradeMap, hub independente do mercado financeiro. Saiba mais sobre a Rede D'Or Fundada em 1977, a companhia nasceu como um laboratório de exames e, após mais de duas décadas, inaugurou seu primeiro hospital. Desde então, vem apresentando forte crescimento, tanto orgânico (construção ou expansão de unidades) quanto inorgânico (via fusões ou aquisições). Atualmente, é a maior operadora de hospitais privados do Brasil, com 68 unidades em operação, que somam mais de 11 mil leitos. Entre suas marcas, estão Hospital São Luiz (em São Paulo) e Copa D'Or e Barra D'Or (Rio). PUBLICIDADE | | | Por que as ações da Rede D'Or são uma oportunidade para investir? | Bueno ressalta que a companhia segue focada em seu plano de expansão e ainda possui apenas 4% dos leitos privados no país. "Com uma combinação de crescimento (orgânico e via aquisições) e eficiência em suas operações, a Rede D'Or traz claros indícios de que é uma das grandes oportunidades presentes na Bolsa brasileira", diz o especialista. Ele lembra também que, além de aumentar sua rede com os hospitais adquiridos e construídos, a empresa elevou sua participação na Qualicorp, gestora de planos de saúde. "A companhia usa os dados e o conhecimento que tem para ajudar a Qualicorp no serviço de consultoria a empresas que estão adquirindo um plano de saúde", diz Bueno. Segundo ele, isso estimula uma fidelização maior nos planos vendidos. Pontos a favor - Marca é referência em hospitais privados no Brasil, devido à qualidade dos serviços, alcance nacional e escala conquistada nos últimos anos;
- Apesar de ser a maior operadora independente de hospitais no país, tem potencial de crescimento, pois sua fatia ainda é pequena em um mercado altamente pulverizado;
- Possui um plano comprovado e eficiente de expansão de leitos, seja de forma orgânica ou inorgânica;
- Fusão com a SulAmérica (que ainda depende de aprovações de órgãos reguladores) pode gerar uma gigante no setor brasileiro de saúde, com faturamento combinado superior a R$ 40 bilhões.
Pontos contra - Eventual nova onda ou variante da covid-19 pode voltar a reduzir o ticket médio (calculado a partir da receita bruta total e do número de pacientes-dia) da empresa, comprimindo seus resultados;
- Linha financeira do balanço pode seguir pressionando o lucro líquido, dado o aumento da dívida para sustentar os planos de crescimento em meio a taxas de juros ainda elevadas;
- Reajustes de preços passam por revisões complexas junto aos clientes (operadores de planos de saúde). Isso depende de uma boa relação entre as partes para manter a geração de caixa saudável.
| A ação está barata ou cara? | A Nord tem recomendação de compra para as ações da Rede D'Or (RDOR3), com base nos seguintes indicadores: EV/Ebitda: está em 16 vezes, valor considerado baixo pela instituição, dada a possibilidade de crescimento nos próximos anos. O índice aponta o valor da empresa em relação à geração de caixa. Quanto menor, melhor. "A companhia possui mais de 50 projetos em andamento, que poderão adicionar cerca de 7.000 leitos às suas operações, sendo a maioria (60%) na categoria chamada 'brownfield' (expansão de unidades), que trazem um retorno maior e mais rápido em relação aos 'greenfields' (construção de novos hospitais)" Victor Bueno, analista da Nord Research Além disso, a Rede D'Or tende a seguir expandindo seu total de leitos por meio de aquisições, diz o especialista. "Tendo em vista que o crescimento orgânico e inorgânico da empresa poderá se traduzir em uma grande evolução dos resultados nos próximos anos, não acreditamos que o mercado esteja precificando adequadamente as ações atualmente." Preço/lucro: os papéis da companhia são negociados atualmente a um P/L de 49 vezes, mas o analista ressalta que o lucro está sendo impactado pelo cenário de juros altos, que tem aumentado as despesas financeiras. "A tendência é de que o múltiplo caia ao longo dos anos, ao passo que o lucro se normalize." O P/L mostra a relação entre o preço do papel em Bolsa e o lucro da empresa. Quanto maior, mais cara está a ação. | Para quem é indicada esta ação? | A Nord recomenda os papéis da Rede D'Or para quem busca uma empresa que deve seguir entregando crescimento nos próximos anos. "Mesmo que já apresente um tamanho relevante no mercado hospitalar brasileiro, ainda existe muito espaço para expansão e há sinais claros nessa direção", afirma Bueno. Segundo ele, os dividendos pagos ainda não são relevantes perto do preço atual das ações - com um retorno (dividend yield) de cerca de 4% -, mas tendem a aumentar no longo prazo, à medida que a companhia siga seu processo de maturação e consolidação. Quais são as perspectivas no médio e longo prazo? Apesar de os reflexos da pandemia ainda prejudicarem os resultados da Rede D'Or, influenciando as ações no curto prazo, as perspectivas seguem extremamente positivas no médio e no longo prazo, diz o analista. Ele avalia que a companhia continua atenta a possíveis novas aquisições de hospitais e mantém o ritmo acelerado de projetos em andamento. "Com muitos ganhos de escala a serem capturados e um grande espaço para avançar a marca, o crescimento dos resultados será uma consequência nos próximos anos, e a tendência é de que as ações acompanhem esse movimento." | | | Reprodução |
| | | | Análise gráfica | As ações da Rede D'Or (RDOR3) caíram recentemente em razão de uma "realização de lucro", ou seja, venda por parte de investidores que optaram por embolsar ganhos apurados com o papel, conforme avaliação do analista gráfico Weslley Mesquita, da MyCAP Investimentos. Ele afirma que o comportamento atual sugere continuidade dessa tendência, o que pode levar as cotações a recuarem para níveis entre R$ 31,10 e R$ 29,70. De acordo com o especialista, as ações da empresa só voltam a ficar interessantes para compra se conseguirem subir para o patamar de R$ 35,23 - o que poderia atrair um fluxo comprador mais forte, impulsionando o preço para R$ 36,38 e, posteriormente, R$ 39. Para o investidor de médio e longo prazo, ele alerta, no entanto, que o papel tem mostrado dificuldade de superar a casa de R$ 39. Com isso, caso venha a se valorizar, é preciso ficar atento. "A ação está em tendência de baixa e, até que isso mude, pode voltar a cair, para R$ 31,10 ou até mesmo para R$ 25,75, atingindo a chamada região de fundo", diz Mesquita. ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS A newsletter UOL Investimentos analisa o que é melhor para ter renda mensal: comprar imóvel ou investir em fundos imobiliários. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal com dicas de investimento, clique aqui. | | | | |
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