O destaque da semana na newsletter A Companhia é a administradora de shoppings Aliansce Sonae, escolhida por Wellington Lourenço, analista da Ágora Investimentos. Ele comenta que o setor foi um dos mais punidos pela pandemia, mas a retomada do fluxo de pessoas e a volta do trabalho presencial nos grandes centros têm contribuído para a recuperação —considerando, principalmente, as visitas aos shoppings na hora do almoço. Segundo o especialista, a inflação jogou em certa medida a favor do faturamento dos shoppings, pois elevou o gasto médio das compras, contribuindo para que os empreendimentos de maior qualidade já estejam em níveis superiores a 2019 —antes do surgimento do novo coronavírus. "Além disso, quando pensamos em volume, entendemos que há espaço para a continuidade da tendência positiva, uma vez que os números de geração de empregos formais continuam em recuperação", diz Lourenço, lembrando que a taxa de desemprego no país voltou para um dígito, de 8,9% em agosto, o menor nível em sete anos. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A Aliansce Sonae apresentou lucro líquido de R$ 23,5 milhões no segundo trimestre, com queda de 60% no comparativo anual. Neste ano, as ações da companhia (ALSO3) registram leve queda de 0,7%, até 6 de outubro, segundo informações do TradeMap, hub independente do mercado financeiro. Em 2021, o desempenho foi negativo em 25%. Saiba mais sobre a Aliansce Sonae O grupo nasceu da fusão entre a Aliansce e a Sonae Sierra Brasil, em agosto de 2019. Atualmente, é o maior administrador de shopping centers do país, com um portfólio de 39 empreendimentos, presentes nas cinco regiões brasileiras. A lista inclui nomes como o Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP); o Shopping Leblon, no Rio; e o Boulevard Shopping Belo Horizonte (MG). Em junho deste ano, os acionistas da empresa e da brMalls aprovaram uma combinação dos negócios, operação que ainda depende de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Uma vez efetivada a união, a nova companhia será a maior plataforma de shoppings da América Latina, avaliada pelo mercado em R$ 12 bilhões. Reunirá 69 empreendimentos e cerca de 13 mil lojas, que recebem aproximadamente 60 milhões de visitantes por mês. PUBLICIDADE | | |