| | Divulgação/B3 |
| | | | Você pode comprar ações da própria B3, a Bolsa brasileira; vale a pena? | | A própria Bolsa brasileira, a B3 (antiga Bovespa) é uma empresa cujas ações estão à venda e nas quais você pode investir. E a B3 é justamente o destaque da semana na newsletter A Companhia. A sugestão é de Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa Investimentos. Ele lembra que a Bolsa sediada na capital paulista possui o monopólio na negociação e pós-negociação de ativos de renda variável no mercado brasileiro. Oferece também, por meio de outra empresa do grupo, a Cetip, serviços de registro, depósito e liquidação de títulos privados, CDBs (certificados de depósito bancários) e cotas de fundos de investimento, entre outros papéis. "Com um portfólio diversificado de produtos e serviços, a B3 provê infraestrutura para o mercado financeiro, organizando e viabilizando diferentes negócios, incluindo operações de financiamento de veículos e imóveis", diz o especialista. A companhia obteve lucro líquido de R$ 1,09 bilhão no segundo trimestre deste ano, com queda de 8,5% frente a igual período de 2021. Neste ano, as ações da B3 (B3SA3) acumulam alta de 30%, até 20 de outubro, de acordo com informações do TradeMap, hub independente do mercado financeiro. Em 2021, os papéis caíram 42%. Saiba mais sobre a B3 Trata-se de uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo, com atuação em ambiente de Bolsa e de balcão (negociações fora da Bolsa). Suas atividades incluem a criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juros e de commodities. Opera também como contraparte central garantidora para a maioria das operações realizadas em seu ambiente. Nos últimos oito anos, investiu R$ 2,9 bilhões. PUBLICIDADE | | | Por que as ações da B3 são uma oportunidade para investir? | Serra afirma que os papéis da B3 são uma alternativa de investimento direto na Bolsa brasileira, que se beneficia do crescente fluxo de recursos derivados das negociações e das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês). "Acreditamos que o momento econômico esteja mais favorável para a entrada de capital na Bolsa, considerando a precificação atrativa das companhias listadas, melhores perspectivas para a curva futura de juros e a posição privilegiada do Brasil frente a outros mercados emergentes", ressalta o analista. Ele observa ainda que se trata de uma companhia já consolidada e boa pagadora de dividendos. Pontos a favor - Sem concorrentes, a empresa pode basear sua estratégia considerando apenas o cenário macroeconômico. Tal condição favorece ainda a busca por novos negócios, como a compra da Neoway, em 2021, uma das maiores companhias de dados e análises do país;
- Forte crescimento no número de investidores pessoa física (CPFs individuais) na B3, que saiu de aproximadamente 580 mil, em 2016, para cerca de 4,5 milhões em agosto deste ano. No mesmo período, a capitalização média da companhia dobrou;
- Sólida posição de caixa, baixa alavancagem e estrutura pouco intensiva em capital físico. Com isso, consegue ser uma grande geradora de caixa, o que lhe permite pagar bons dividendos, além de possuir recursos para investimento mesmo em cenários desafiadores.
Pontos contra - Grande dependência do cenário macroeconômico, em razão do monopólio e por estar inserida no setor financeiro;
- Embora pequeno, existe o risco de pressões por parte de novos entrantes e mudanças na estrutura do mercado acionário no longo prazo;
- Concorrência com aberturas de capital no exterior por parte de empresas brasileiras, o que reduz o potencial de capitalização e giro financeiro na B3.
| A ação está barata ou cara? | A Ativa Investimentos alterou recentemente sua recomendação para os papéis da B3 (B3SA3), de neutra para compra. "Observamos que a empresa está sendo negociada a múltiplos baratos, considerando um cenário de melhores perspectivas no curto prazo", diz Serra. A avaliação tem ainda como base o seguinte indicador: EV/Ebitda: é estimado em 12,9 vezes, considerando os próximos 12 meses, patamar abaixo da média dos últimos cinco anos, que foi de 15,3 vezes. O índice aponta o valor da empresa em relação à geração de caixa. Quanto menor, melhor. | Para quem é indicada esta ação? | De acordo com o especialista, os papéis da B3 se destinam a investidores que buscam companhias com fundamentos sólidos, negócio maduro e baixa alavancagem financeira. Tais condições, normalmente, trazem ainda como diferencial um bom nível de distribuição de proventos. Quais são as perspectivas no médio e longo prazo? Serra afirma que, nesse horizonte de tempo, a expectativa é favorável em termos de capitalização e amadurecimento do mercado de capitais brasileiro. "Esperamos ainda um ganho de participação do segmento de tecnologia e que a empresa se expanda para novas frentes de negócio, tornando suas receitas mais diversificadas." | | | Reprodução |
| | | | Análise gráfica | Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa, afirma que as ações da B3 (B3SA3) seguem em tendência de alta no curto prazo, permanecendo em uma região importante de preço - entre R$ 13,70 e R$ 14,45. "Enquanto o papel conseguir se manter acima de R$ 13,70, podemos esperar que as cotações superem R$ 14,45, buscando novas valorizações, com os próximos alvos situados em R$ 15,35, R$ 17,30 e R$ 19,50", diz o especialista. No sentindo inverso, caso as ações caiam abaixo de R$ 13,70, ele acredita que pode haver uma "correção de curto prazo", derrubando o valor para R$ 12,50 e, posteriormente, R$ 11,80. ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS A newsletter UOL Investimentos dá dicas de investimentos para quem quer se aposentar e viver de renda. Veja todas as opções e entenda os principais riscos de cada operação. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. | |