Com 39 semanas de gestação, a advogada Laura Cardoso foi surpreendida num domingo à noite quando o marido contou que o carro deles havia sido queimado em frente ao prédio onde a família vivia, na cidade de Pelotas (RS). Para ela, não se tratava de um acidente, mas de uma ameaça. Meses antes, ela atuara em um caso cujo réu era investigado por mandar incendiar carros de pessoas que queria intimidar. Especializada na defesa de mulheres e crianças, ela lida com agressores que não costumam ser criminosos óbvios. São, quase sempre, homens com trabalho fixo, que gozam de prestígio social e têm dinheiro. A violência de gênero que mulheres advogadas sofrem no exercício da profissão tem nome: lawfare de gênero. Um estudo realizado com 191 advogadas pelo grupo de pesquisa Carmim Feminismo Jurídico, da Universidade Federal de Alagoas, revela que 80,6% das entrevistadas afirmam ter se sentido ameaçadas no exercício da advocacia por serem ou defenderem mulheres. LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO UOL PRIME Reportagem de Adriana Negreiros |