Em dezembro, a homologação do acordo de delação premiada do doleiro Alberto Youssef pelo STF (Supremo Tribunal Federal) completa dez anos. Foi a partir do que o doleiro revelou que os investigadores da Lava Jato descobriram as relações corruptas entre as maiores construtoras do Brasil, executivos da Petrobras e protagonistas da política brasileira. Os efeitos do que se divulgou foram vistos nos momentos seguintes e são estudados até hoje. O que não se sabe até agora é o destino de ao menos 99 imóveis entregues por Youssef como parte das condições para que sua pena fosse reduzida de mais de cem anos de prisão para 30 anos — 27 em regime domiciliar. Foram apartamentos, terrenos, lotes, prédios inteiros, hoteis, além de três carros de luxo. O valor do patrimônio nunca foi calculado com precisão porque não foi feita perícia no momento da entrega. Em tese, tudo isso foi a leilão, mas nem tudo teve a venda concluída. Não há informações claras sobre o dinheiro arrecadado. O ministro Luiz Edson Fachin tenta saber esses detalhes há quase dois anos. Mas a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução do acordo na Justiça Federal no Paraná, até hoje não enviou as informações da maneira exigida pelo ministro. Ela vem enviando ofícios que "ressentem de maior precisão", nas palavras de Fachin. Trata-se de um vaivém de ofícios entre o ministro e a juíza que já dura dois anos e expõe o que explicamos em reportagem. Ninguém sabe ao certo a quantas anda a execução do acordo de delação de Alberto Youssef, e nem o que foi feito com o dinheiro da venda dos bens do doleiro. LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NO UOL PRIME PUBLICIDADE |  | |