As denúncias que provocaram a demissão do gerente administrativo Bruno Korquievicz Rodrigues, 25, das categorias de base do Corinthians envolviam conversas de teor sexual com três atletas —dois deles menores de idade. O UOL teve acesso a mensagens de áudio trocadas com dois jogadores da base do clube e a gravações de uma conversa, feitas pelos próprios atletas, incomodados com o tom de conversas anteriores:
"Vocês estão há muito tempo sem comer ninguém, então acho que vocês fizeram um calendário da punheta"; "Se fosse o amigo que eu quisesse macetar, eu chamaria mais ainda"; "É boa essa cama?" e, após ouvir que não, o gerente diz "só ajoelhou, né?" "Uma coisa é mulher, outra coisa é olhar o pau do cara e descobrir se é grande".
A cúpula do clube tem ainda prints de conversas de Rodrigues com comentários sobre o corpo dos atletas.
Em nota enviada à reportagem, a assessoria de imprensa de Bruno Rodrigues, alinhada com os advogados de defesa, admite que é a voz dele nos áudios, mas nega "qualquer tipo de assédio".
A defesa considera "inapropriada e inadequada a conversa ocorrida entre os envolvidos e afirma que vai buscar garantir que ela não seja tirada de contexto para que não haja utilização do episódio para fins diversos".
O departamento jurídico do clube chamou Rodrigues para desligá-lo na última quinta-feira,
Contratado no segundo semestre do ano passado, Rodrigues é filho do ex-jogador Ricardinho, ídolo do Corinthians, pentacampeão mundial com a seleção brasileira e hoje comentarista da TV Globo. Ele trabalhou anteriormente em outros três clubes: Paraná, Portuguesa e Vasco. A reportagem apurou que não foram feitas reclamações similares contra ele em nenhum desses times. LEIA MAIS NO UOL PRIME |